“Uma empresa que há 4 anos [praticamente] não existia, hoje tem uma projeção de nove ativos, em cinco estados diferentes, onshore, offshore, óleo e gás”, afirmou Rodrigo Godoy sobre a 3R Petroleum [RRRP3].
Diretor de relações com investidores da companhia, ele e Mauricio Diniz, diretor de operações, foram os convidados de Max Bohm no primeiro “Chama o Max”, realizado na última quarta-feira (19), na sede da Nomos no Rio de Janeiro.
Os ativos
Quando a Petrobras começou a vender ativos onshore, por não ter mais interesse neles, principalmente com a descoberta do Pré-Sal, a 3R enxergou uma oportunidade e passou a adquiri-los.
Atualmente, a empresa possui cinco ativos no Rio Grande do Norte e em parte no Ceará, de forma on cluster na Bacia Potiguar. Já na Bahia, tem o cluster do Recôncavo, com dois ativos.
Por fim, no Sudeste, a companhia adquiriu os ativos de Peroá, no Espírito Santo, e Papa-Terra, no Rio de Janeiro, ambos offshore.
A companhia vem entregando um aumento de produção gradual, chegando atualmente a produzir 25 mil bpd.
Rodrigo também explicou que a recente mudança na política de preços da Petrobras [PETR3;PETR4] não afetará muito a dinâmica de precificação da empresa.
Isso porque a precificação do barril da 3R ocorre de acordo com a qualidade do óleo, segundo o executivo.
O óleo será precificado a partir das referências de mercado, os petróleos Brent e WTI, com preço firmado de acordo com o clima do mercado e com a qualidade do seu material.
Em relação ao mercado de atuação, Diniz afirma estarem mais voltados ao interno.
Polo Potiguar
Uma das maiores expectativas em relação à 3R é a adesão do Polo Potiguar inteiramente ao seu portfólio, o que representaria cerca de 45% de sua produção.
Além disso, os barris produzidos por dia da companhia saltariam a 40 mil, quase 50% a mais do que produzem hoje em dia.
A região também carrega uma parte de refino, que é uma refinaria simples, mas muito bem localizada.
O Polo também traz um terminal/porto – seu principal ponto estratégico.
Com esse porto, Potiguar vira um grande concentrador da produção da bacia, então quem possuir o ativo também tem um domínio muito grande da flexibilidade comercial e estratégica da região.
Mauricio afirma que a empresa já se equipou com seis sondas a fim de recuperar os poços do Polo que necessitam de manutenção.
O futuro
Mauricio e Rodrigo se mostraram muito otimistas com o futuro da empresa.
O diretor de operações diz que pretendem entregar o mais rápido possível as demandas nos contratos que firmaram com a Petrobras ao comprarem os ativos da estatal, para, assim, diversificarem seus clientes.
Alguns desses contratos estão se encaminhando para o fim, e a empresa já tem se encaminhado para poder vender para outras refinarias.
O principal objetivo da empresa, hoje, se mantém na redução de custos, a fim de criarem mais valor para a 3R.
“A gente está num momento de foco total no portfólio que já construímos. A companhia tem nove ativos, e a gente tem um desafio muito grande pela frente nos próximos 5 anos de desenvolvimento desses ativos e temos uma estrutura de capital que está muito pronta para o que temos agora”, afirmou Rodrigo.
Portanto, a empresa não pretende comprar novos ativos tão cedo.
“A gente tem perspectiva dos campos muito boa e vemos o trabalho que está sendo feito tanto de reservatório quanto de poços, um trabalho bem integrado entre todas as áreas”, declarou Diniz.