Investir em ações que pagam dividendos se tornou uma estratégia cada vez mais popular entre os brasileiros que buscam construir renda passiva de forma sólida e com potencial de crescimento. A estratégia visa o recebimento de proventos periódicos provenientes dos lucros das empresas, diversificando o portfólio e gerando um fluxo de caixa extra.
Mas quais ações escolher? Max Bohm, estrategista de investimentos da Nomos, elenca seis oportunidades.
CPFL Energia [CPFE3]
Em termos de valuation, a companhia, que responde por 15% do market share de distribuição de energia do Brasil, talvez seja o papel mais barato do setor elétrico, por sua combinação “sensacional” de múltiplos com dividend yield.
O papel negocia a 5,5 vezes EV/Ebitda – indicador que relaciona o valor da companhia (EV) e o seu Ebitda (geração de caixa) –, abaixo de Eletrobras [ELET3], Isa Cteep [TRPL4] e Equatorial [EQTL3], que também estão presentes nas indicações do dia.
CPFE3 também negocia a 7,5 vezes Preço/Lucro – relação entre o preço atual de uma ação dividida por seu lucro –, e tem 9% de yield projetado para este ano, “um múltiplo em conta”.
Max aponta que a CPFL é uma empresa relevante que não tem só distribuição, como geração renovável de energia.
“CPFL é uma das estrelas da carteira de dividendos, para mim é compra”, afirmou.
Plano e Plano [PLPL3]
Grande destaque no ano passado no setor de real estate, Plano e Plano negocia a 4 vezes EV/Ebitda e 5 vezes Preço/Lucro. O ativo cai 11% no mês e 12% no ano.
Por fundamentos, Max gosta do papel. A empresa atua inclusive no segmento de baixa renda, que provavelmente vai ser muito incentivado pelo governo no Rio Grande do Sul, beneficiando o papel no médio e longo prazo.
Klabin [KLBN11]
Max relembra o Klabin Day, no final de 2023, quando o management falou muito sobre investimentos, o que assustou os investidores, por comprometer o Capex dos próximos anos.
Naquele dia, o papel caiu bem, mas foi se recuperando e hoje registra 6% de alta no ano. Negociando a 7 vezes EV/Ebitda, e 12 vezes P/L, “não é um papel de graça, mas também não é caro”.
O analista gosta da resiliência de Klabin, que tem um gráfico “muito legal” no qual a empresa mostra o quanto tem crescido trimestralmente em Ebitda durante vários anos. A partir desse gráfico, ele afirma ser impressionante o quanto Klabin cresce.
Marcopolo [POMO4]
POMO4 negocia com múltiplos “bem interessantes”, a 4,5 vezes EV/Ebitda e 5,5 vezes Preço/Lucro, segundo Max. Além disso, a companhia recentemente recebeu upgrade de alguns bancos e corretoras, então o preço alvo é próximo de 12 vezes. POMO4 paga 5% de yield.
“Ou seja, tem um bom upside a ser aproveitado em Marco Polo, que atravessou um período muito complicado ali na pandemia”, acrescentou.
A empresa ressurgiu, prossegue, com “ótimo dever de casa feito”, focado em rentabilidade. Ao mesmo tempo, a operação não era alavancada, conseguindo se recuperar nos últimos dois anos.
“Na combinação de valuation, fundamento da companhia, balanço sólido, potencial de valorização, para mim é compra”, argumentou.
Isa Cteep [TRPL4]
A companhia antes concentrava seus ativos em São Paulo, expandiu o portfólio e hoje tem ativos no Brasil todo, respondendo por 30% da transmissão de energia do país, de acordo com Max.
Negociando a 7 vezes EV/Ebitda e 9 vezes Preço/Lucro, é intermediária quando se trata de preços do setor. Porém, o analista continua, entrega 8% de yield.
“É um belo papel para quem gosta de dividendos e quer defesa para o portfólio”, afirmou. “Na minha visão de fundamento, TRPL4 é compra.”
Eletrobras [ELET3]
Para Max, ELET3 pode ser uma das maiores oportunidades no setor elétrico, visto que no mês cai 4% e no ano cai 14%.
A ação mostra grande atratividade em termos de fundamento. Uma das mais baratas do setor, ela negocia a 6 vezes EV/Ebitda e 7 vezes Preço/Lucro, além de pagar 8% de yield.
“Além disso, ao analisar Preço/Valor Patrimonial, estamos falando de um papel que negocia abaixo do patrimônio, 0,7 vezes”, destacou.
Promovido pela Nomos Investimentos
Desenvolvida por Max Bohm, a carteira Max Dividendos realiza uma distribuição setorial de boas empresas pagadoras de dividendos, tendo o Índice Dividendos (IDIV) da B3 como referência.
O portfólio proporciona aos investidores se expor à renda variável com uma estratégia defensiva e recebendo renda passiva ao mesmo tempo.