Bolsas americanas fecham mistas, de olho em Fed e restrições na China

As principais bolsas de Nova York fecharam em tendência de queda nesta terça-feira (29), com apenas o índice Dow Jones registrando alta marginal, em meio a um cenário de incerteza. Os protestos contra a política de “Covid zero” na China, assim como rumores de sua possível flexibilização, estiveram no radar dos investidores, que também aguardam novas declarações de membros do Fed a respeito do aperto monetário nos Estados Unidos e que possam dar “pistas” da postura da instituição no futuro.

Amanhã, Jerome Powell, presidente do banco central americano, fará um discurso na Brookings Institution, seu último antes da reunião de política monetária de dezembro da instituição. O mercado estará atento em busca de sinais que possam indicar a postura do Fed e a magnitude da alta de juros, após diversos sinais considerados hawkish nos últimos dias. Para Jason Draho, do UBS Global Wealth Management, as falas de Powell no evento podem ser consideradas uma “prévia” da medida a ser tomada na reunião.

Em relação à situação na China, os índices haviam reagido negativamente aos protestos e ao avanço das restrições no país asiático, mas, hoje, tornou-se possível observar sinais que podem indicar um recuo da postura extrema por parte do governo.

▪️ Dow Jones +0,01%
▪️ S&P500 -0,59%
▪️ Nasdaq -0,16%

Entre os destaques de hoje, os papéis do HSBC avançaram 4,1%, repercutindo a notícia de que o banco concordou em vender sua filial no Canadá para o Royal Bank of Canada por cerca de US$ 10 bilhões.

Já as ações da AMC Networks recuaram 5,34%, após a renúncia de Christina Spade, executiva da companhia, após três meses no cargo.

Entre outros papéis relevantes, companhias energéticas apresentaram leve recuperação das quedas de ontem, na esteira da alta do petróleo no mercado internacional. ExxonMobil teve alta de 0,66%, enquanto Chevron e Occidental Petroleum avançaram 1,50% e 1,29%, respectivamente.

(Com Agência Estado e The Wall Street Journal)