Próxima semana traz IPCA de maio, além de CPI chinês e PIB da Zona do Euro

A partir das cartas de gestores e de pesquisa interna da XP Investimentos, o TradeNews teve acesso às perspectivas das principais gestoras de fundos do Brasil para o cenário político-fiscal do país do próximo ano

Panorama para 5 a 9 de junho

No cenário externo, a semana foi marcada pela tramitação do acordo sobre o teto da dívida dos EUA, aprovado na noite de quinta-feira (01) no Senado americano. O projeto de lei suspende o teto da dívida americana até 1º de janeiro de 2025.

Por aqui, o arcabouço fiscal segue no Senado, onde deve ser apreciado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) a partir da semana que se inicia em 12 de junho. 

O analista de investimentos Rodrigo Cohen destacou que o PIB acima do esperado para o primeiro trimestre de 2023 no Brasil trouxe um viés mais otimista para o mercado interno.  

Além disso, ele aponta que os dados do payroll mistos (com as vagas de emprego em alta maior que o esperado, mas o desemprego também subindo) deixam para outros indicadores a tarefa de trazer leituras mais claras sobre o próximo passo do Federal Reserve (Fed).

Na semana que vem serão apresentados os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além do Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro e o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) chinês.

Vale lembrar que na próxima quinta-feira (08) é feriado de Corpus Christi, portanto a B3 não terá negociação.

Radar de Proventos

Na segunda-feira (05), a ação da Camil [CAML3] fica “ex-divdendos”.

Isto sendo, investidores posicionados nas referidas ações até a última sexta-feira (12) terão direito aos proventos anunciados. 

Na terça-feira (06), os papéis de Copel* [CPLE6] e EMAE* [EMAE4] ficam “ex”.

O ativo de Suzano [SUZB3]* fica “ex-direitos” na quarta-feira (07).

Por fim, na sexta-feira (09), ficam “ex-proventos” o FII do BTG Pactual [BRCR11] e ação de Ferbasa [FESA4].

*O relatório da Bloomberg aponta que as datas em que estas ações ficam “ex-proventos” são apenas previsões, não estão confirmadas, estando sujeitas a mudanças.

Panorama do Ibovespa 

O Ibovespa abriu a semana no patamar dos 110.900 pontos, apresentando bastante volatilidade por conta da agenda interna, apontou o analista técnico da Benndorf Research João Tonello.

Por conta da melhora no humor global, com a aprovação do acordo do teto da dívida nos EUA pelo Congresso americano, o índice fechou em 112.558 pontos, afirmou o analista.

“Este fechamento semanal mostra muita força e resiliência da nossa bolsa, que possui alvo primário nos 114 mil pontos. No caso de rompimento, temos regiões de resistência como 116.500 e 120 mil pontos.”

De acordo com ele, a expectativa para a semana que vem é de um mercado com alta volatilidade e travamentos, enquanto o dólar seguirá trabalhando próximo do patamar de R$ 5,00, “com movimentos pontuais passando, talvez, pelos R$ 4,90”.

Indicadores Econômicos

A próxima semana traz três indicadores importantes tanto no cenário interno quanto externo: o IPCA de maio, o CPI chinês e o PIB da Zona do Euro. 

Segundo o analista de macroeconomia da Benndorf Research, Marco Ferrini, o IPCA deve vir na linha do IPCA-15, bem afetado pelos grupos de Saúde e cuidados pessoais e Habitação, em reação aos reajustes em atividades dos setores.

“Caso o resultado seja em linha com os dados do IPCA-15, vemos uma boa desaceleração que cimenta cada vez mais o cenário de redução das expectativas de inflação e cortes de juros no segundo semestre.”

Já a segunda maior economia do mundo deve registrar mais um mês de deflação, o quarto consecutivo, como afirma Marco. O resultado é reflexo do baixo nível de atividade do país ante recuperação mais fraca, principalmente no setor industrial, Marco afirmou. 

“Outro fator que pode contribuir para a demanda fraca no país é a onda mais recente de Covid”, expôs.

Apesar do país não estar com restrições em relação à pandemia, Marco explica que um número alto de pessoas doentes pode afetar a produção e o consumo. 

A possível quarta deflação consecutiva na China abre espaço para que o governo do país possa intervir com estímulos fiscais a fim de acelerar a retomada econômica do país, evidenciou o analista.

Por fim, o PIB da Zona do Euro deve manter o crescimento de 0,1% entre o primeiro trimestre de 2023 e o 4T22, já apresentado nas preliminares. 

A economia do bloco ficou sob pressão nos três primeiros meses de 2023 por conta da inflação – a qual apresentou recordes históricos em sequência em seu núcleo – e por conta da contração da política monetária, afirmou Marco.

“Além disso, o bloco enfrentou baixos níveis de confiança e sofreu impactos da instabilidade bancária nos EUA e lentidão na China.”

Calendário Macroeconômico

Hora

País

Evento

Segunda-feira

5h

5h

8h25

10h45

11h

20h

 

Zona do Euro

Zona do Euro

Brasil

EUA

EUA

Reino Unido

 

PMI do setor de serviços  (mai)

PMI composto S&P Global (mai)

Boletim Focus 

PMI composto S&P global (mai)

Encomendas à indústria (abr)

Vendas no varejos (mai)

Terça-feira

6h

 

Zona do Euro

 

Vendas no varejo (abr)

Quarta-feira

00h

3h

7h

9h

9h

11h30

 

China

Reino Unido

Reino Unido

Brasil

Brasil

EUA

 

Importações (mai)

Índice de preços de imóveis Halifax (mai)

Taxa hipotecária (GBP)

IPCA (mai)

IPCA com ajuste (mai)

Estoques de petróleo em Cushing

Quinta-feira

6h

22h30

22h30

 

Zona do Euro

China

China

 

PIB (1T23 e de 2022)

CPI (mai)

PPI (mai)

Sexta-feira



 

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