Ibovespa sobe em meio a cenário interno favorável

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O Ibovespa opera em alta nesta quinta-feira (15), atingindo máxima intradia de 119.686 pontos. A revisão da agência de risco S&P para a perspectiva sobre o Brasil é o principal motor do apetite ao risco interno, enquanto investidores continuam repercutindo as decisões do Federal Reserve de ontem (14).

Um dos principais propulsores da sessão é a alta na perspectiva de rating soberano do Brasil pela S&P Global, mantendo-o em BB-, mas subindo de estável para positiva. Essa movimentação positiva é a primeira realizada pela agência em relação aos ratings do Brasil desde 2019.

A elevação do rating gerou opiniões divergentes, com o mercado comemorando a notícia, apesar dos desafios destacados pelos economistas para o Brasil recuperar o grau de investimento.

No cenário externo, há instabilidade. Os agentes financeiros continuam analisando a decisão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, de pausar o aumento dos juros no intervalo de 5% a 5,25%, mas ressaltando a intenção de retomar o aperto monetário.

A avaliação é de que o comunicado do Fed e as projeções são bastante hawkish, mas a entrevista de Jerome Powell, presidente do banco central americano, mostra um otimismo cauteloso em relação ao combate à inflação e indica um aumento de juros em julho.

Por outro lado, o Banco Central Europeu (BCE) elevou suas principais taxas de juros em 0,25 ponto percentual, alcançando o nível mais alto em 22 anos, nesta quinta-feira (15), e deixa aberta a possibilidade de mais aumentos.

Novos dados econômicos fracos da China aumentam as expectativas de mais estímulos na segunda maior economia do mundo. A produção industrial chinesa registrou um aumento de 3,5% na comparação anual de maio, desacelerando significativamente em relação ao ganho de 5,6% observado em abril.

Na agenda corporativa, a Ambev [ABV3] desistiu do recurso apresentado à decisão do Cade que limita parcerias com novos pontos de venda em regiões consideradas premium.

A decisão veio após a apresentação de uma nota técnica do Departamento de Estudos Econômicos da autarquia, considerada contrária à companhia por alguns interlocutores. O pedido poderá ser analisado na próxima reunião do Cade.

A Braskem [BRKM5] figura entre as maiores altas do Ibovespa, com 5,34%, ainda por uma possível especulação de venda da fatia da Novonor. CVC [CVCB3] também avança, a 3,54%, após protocolar pedido de oferta pública de distribuição primária que pode movimentar R$ 683,3 milhões. Enquanto isso, Suzano [SUZB3] também se valoriza, a 3%.

No viés negativo, os papéis de B3 [B3SA3] apresentam queda de 2,83%. Multiplan [MULT3] também cai, a 1,88%, e Cielo [CIEL3] desvaloriza 1,55%.

O dólar aprofundou perdas, cotado a R$ 4,80. A moeda americana desvaloriza principalmente ante o euro, que se valoriza na sessão após o banco central do continente europeu decidir elevar as taxas de juros.

🇧🇷 Ibovespa +0,10% (119.181)
💵 Dólar -0,18% (R$ 4,80)

Cotações registradas às 12h40

Commodities

Os contratos de petróleo registram alta na sessão. A valorização da commodity acontece em meio à recuperação parcial das perdas recentes. O movimento ainda é influenciado pelo corte de juros por parte do banco central chinês. 

O minério de ferro avançou 0,76% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 113,30 a tonelada.

🛢 Brent  +1,25% (US$ 69,12)

🛢 WTI +1,30%  (US$ 74,15)
🇨🇳 Minério de ferro +0,76% (US$ 113,30)

(Com Broadcast)

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