Super choque: entenda a alta do setor de energia elétrica

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As ações do setor elétrico parecem estar em um ótimo momento nos últimos meses. Grande parte dos papéis ligados à energia elétrica vem apresentando uma subida impressionante. 

Alguns ativos, inclusive, alcançaram suas máximas históricas ao final de junho e início de julho, enquanto outros chegaram bem perto disso.

O que explica esse movimento?

O analista de utilities da Eleven Financial, Bruno Trindade Vidal, explica que os investimentos no setor são feitos de forma parecida com os de renda fixa. 

As empresas de utilities costumam ser comparadas com as Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) mais longas, as quais têm uma duration similar aos fluxos de caixa das concessões das companhias do setor, afirmou o especialista.

Desta forma, ele explica que a expectativa de corte na Selic nas próximas reuniões do Copom e o fechamento da curva longa de juros beneficiaram essas empresas – principalmente as que apresentam uma duration mais longa do fluxo de caixa.

Além disso, o estrategista de investimentos da Nomos, Max Bohm, disse que a alta na bolsa foi bastante apoiada por papéis mais líquidos, como os do setor de elétricas. 

Outro fator evidenciado pelo especialista foi o bom desempenho das empresas em seus resultados operacionais, além de uma boa distribuição de dividendos.

Melhores ações do setor

Para Max, a melhor ação de energia elétrica é a CPFL Energia [CPFE3], por combinar múltiplos baratos e um bom dividend/yield, pagando mais de 9% de yield.

“E é uma empresa integrada; ela tem transmissão, geração, distribuição e também energia renovável. Então é uma uma companhia completa do setor elétrico”, declarou.

Já Bruno tem outras preferências, indicando Equatorial [EQTL3], Neoenergia [NEOE3], Energisa [ENGI11] e Eletrobras [ELET3;ELET6].

Como investir

Max afirma que o setor é bem atrativo para o investidor que quiser montar uma carteira focada em dividendos. Inclusive, o especialista possui duas empresas de energia elétrica compondo a Carteira Max Dividendos, CPFL Energia e Taesa [TAEE11].

“Acho que [é preciso] ter em uma carteira de investimento uma parte no setor elétrico, que é um setor estável. Empresas mais maduras, um perfil mais defensivo e que paga um yield acima da média da bolsa”, explicou.

Para Bruno, a melhor estratégia é dar preferência a empresas de maior qualidade e integração, que atuem em diversos segmentos do setor – distribuição, transmissão e geração. 

Companhias com esse perfil, para o analista, possuem uma característica mais defensiva, com resultados mais previsíveis, o que acaba reduzindo riscos específicos do setor.

A alta continuará?

O analista da Eleven afirmou que, ao observar a média histórica de Taxa Interna de Retorno (TIR) das empresas do setor – em torno de 8% – e comparar com a média setorial atual – em torno de 10% –, ele enxerga que a tendência de alta deve permanecer para os ativos de energia elétrica.

Já Max não é tão otimista. Como a maioria do setor atingiu a máxima histórica ou algo muito próximo desta região, ele espera um movimento menos forte por parte destas ações.

“No setor acho que esse movimento vai se dar mais em outros segmentos como small caps, como commodities. Eu acho que o setor elétrico fica um pouco mais de lado a partir de agora”, disse o especialista.

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