Atividade industrial recua pelo segundo mês no Brasil

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O PMI Industrial brasileiro recuou pelo segundo mês e acentuou levemente sua contração ao passar de 49 para 48,6 em outubro, indicando uma leve piora no nível de atividade do setor e o menor nível em 3 meses. No mês, as companhias sinalizaram o segundo mês consecutivo de queda na produção, causada principalmente pela demanda retraída e tendências adversas de vendas.

Também houve a segunda contração seguida dos novos pedidos, atribuída pelos participantes às condições fracas de demanda, redução das exportações e clima econômico difícil. As exportações pioraram bastante em outubro, com os pedidos externos caindo na velocidade mais rápida desde março graças às condições econômicas ruins da Argentina, demanda global por bens deprimida e competitividade internacional.

Os industriais brasileiros sinalizaram nova diminuição dos custos operacionais, aumentando a sequência deflacionária para seis meses. Os participantes atribuíram a queda aos preços mais baixos de commodities, demanda por insumos fraca e estoques elevados nos fornecedores. De forma semelhante, os preços de venda recuaram pelo sétimo mês à medida que as empresas ofereciam descontos para aumentar sua competitividade e estimular o consumo.

Apesar da contração do nível de atividade, as fábricas contrataram novos empregados no ritmo mais acelerado dos últimos 3 meses em razão de reajustes na força de trabalho, esforços para melhorar os processos e chegada de maquinário novo. Finalmente, o sentimento dos negócios permaneceu positivo, mas recuou para a mínima de 6 meses em outubro. O otimismo foi contido por preocupações sobre taxação, custos elevados de empréstimos, demanda fraca e dívida pública alta.

A indústria brasileira segue mostrando dificuldade para engatar resultados positivos, algo que pode ser atribuído amplamente ao nível ainda bastante elevado dos juros e à demanda fraca por bens tanto internamente como externamente. Por outro lado, a resiliência do mercado de trabalho é um ponto bastante positivo e que contribui para a melhora do momento macroeconômico.

Como já mencionamos no resultado da produção industrial, no curto prazo a indústria deve continuar oscilando e com dificuldade para engatar um momento melhor, mas mantemos as perspectivas otimistas para o médio prazo.

[Fonte: Benndorf Research]

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