Hiper e supermercados puxam vendas no varejo no Brasil

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As vendas no varejo brasileiro cresceram 0,6% em setembro, ante agosto, surpreendendo positivamente ao bater as projeções de estabilidade. Na comparação com setembro do ano passado, a alta foi de 3,3%, maior em 6 meses.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas variou 0,2% entre meses e 2,9% entre anos.

Apesar do crescimento mensal, cinco das oito atividades pesquisadas recuaram, com destaque para Combustíveis e lubrificantes (-1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%).

Por outro lado, as três altas partiram de Móveis e Eletrodomésticos (2,1%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%), e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,4%). No comércio varejista ampliado, Veículos, motos, partes e peças recuou 0,9% e Material de construção caiu 2%.

Os combustíveis e lubrificantes foram impactados pela alta de preços causada pela oferta reduzida. Como em outubro houve o início da guerra em Israel e desconto menor que o esperado na gasolina, esperamos que as vendas de combustíveis tenham nova redução.

Em contraponto, as vendas em hiper e supermercados é beneficiada justamente pela queda dos preços dos alimentos e pela redução do desemprego e aumento da renda vistos nos últimos meses.

Em relação a setembro de 2022, quatro atividade tiveram alta, sendo os destaques: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,9%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,8%). Do lado negativo se sobressaíram Livros, jornais, revistas e papelaria (-18,3%).

Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-9,1%) e Combustíveis e lubrificantes (-8,7%). No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos e motos, partes e peças cresceu 8,9%, enquanto o de Atacado especializado de produtos alimentícios bebidas e fumo avançou 7,0% e o de Material de construção caiu 5,6%.

Podemos atribuir a alta de setembro em grande parte ao item hiper e supermercados, que tem peso elevado no indicador e foi beneficiado pela melhora do cenário macroeconômico nacional. Dito isso, vemos o resultado como positivo, mas há bastante concentração das despesas em itens de
necessidade básica e falta renda para os outros segmentos, fato que mostra como os consumidores seguem pressionados e explica a demanda lenta por bens.

Finalmente, as novas melhoras no mercado de trabalho, a redução dos juros e os programas do governo para renegociação de dívidas devem ajudar os consumidores no curto e médio prazo e seguimos com visão otimista para o consumo no final do ano, especialmente para segmentos menos dependentes do crédito.

[Fonte: Benndorf Research]

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