Desemprego no Brasil fica no menor nível em 9 anos

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A taxa de desemprego brasileira voltou a cair no trimestre encerrado em dezembro e foi a 7,4%, menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015 e a menor para um trimestre encerrado em dezembro desde 2014. Com esse resultado, a taxa média anual do índice foi de 7,8%, uma retração de 1,8 p.p. em relação a 2022 e mínima de 9 anos.

No último trimestre do ano passado, a população desocupada caiu 2,8% para 8,1 milhões, menor contingente desde o trimestre encerrado em março de 2015. Ao mesmo tempo, a população ocupada cresceu 1,1% e foi a 101 milhões, novo recorde da série histórica.

A taxa composta de subutilização recuou 0,3 p.p. entre trimestres para 17,3%, marcando a menor taxa desde o trimestre encerrado em junho de 2015. O recuo foi influenciado pela diminuição da população fora da força de trabalho.

Já o número de trabalhadores com carteira assinada teve alta de 1,6% e foi a 38 milhões, recorde da série iniciada em 2012. Por outro lado, o número de trabalhadores sem carteira ficou estável em 13,5 milhões. Apesar disso, a taxa de informalidade foi de 39,1%, permanecendo inalterada em relação ao trimestre de setembro e superando o mesmo trimestre de 2022 (38,8%).

No mais, o rendimento real habitual não teve variação significante entre trimestres, mas cresceu 3,1% entre anos e marcou R$ 3.032. Entretanto, a massa de rendimento real apresentou alta de 2,1% em relação ao trimestre encerrado em setembro e alta de 5% na comparação anual, atingindo R$ 301,6 bilhões, maior patamar da série histórica.

A taxa de desemprego nacional volta a apresentar queda no último trimestre de 2023 e mantém a consistência de recuos mais lentos, indicando resiliência no mercado de trabalho, algo que também fica evidente diante dos vários recordes positivos dos componentes da taxa de desemprego.

Dito isso, o cenário de inflação mais controlada e queda de juros, bem como atividade econômica puxada pelos serviços e indústria favorece a criação de empregos ao longo do ano, mas as expectativas de crescimento mais fraco impactado pelo agro deve impactar esse movimento ao menos parcialmente.

[Fonte: Benndorf Research]

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