Copom mantém o ritmo, mas prega cautela

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O Copom seguiu o ritmo de cortes e realizou mais uma redução de 0,5 p.p. na taxa Selic, colocando a taxa básica da economia em 11,25%, algo que já havia sido sinalizado pelo Comitê e era amplamente esperado pelo mercado.

O comunicado manteve uma visão bastante semelhante com o posicionamento de dezembro da autoridade, citando um cenário interno de desaceleração econômica e trajetória de desinflação e a necessidade de cautela dos países emergentes em meio a uma conjuntura externa ainda volátil à medida que se iniciam debates sobre o início dos ciclos de corte de juros e há sinais de queda nos núcleos de inflação. Ademais, o Comitê voltou a ressaltar a importância do cumprimento das metas fiscais e citou que ainda existem fatores de risco para a inflação em ambas as direções e que o cenário segue incerto e exige cautela na condução da política monetária.

No mais, os membros do Copom também mantiveram de forma unânime as projeções de corte de mesma magnitude para as próximas reuniões, mais uma vez mostrando um alto nível de alinhamento entre si.

As percepções do Comitê não tiveram alteração em janeiro e mantém um cenário bastante previsível para as próximas reuniões desde que não existam surpresas. Dito isso, mantemos as perspectivas de mais cortes de 0,5 p.p. na taxa de juros brasileira, mas ressaltamos que o risco fiscal será um tema central desse ano e pode afetar a política monetária diante das perspectivas de déficit de algo em torno de 0,8% e irredutibilidade do governo em relação a cortes de gastos.

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