Panorama de 13 a 17 de janeiro
A próxima semana será marcada por eventos econômicos relevantes, tanto no cenário nacional quanto internacional. Destaques incluem dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos e na Zona do Euro, além do Produto Interno Bruto (PIB) da China e o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) no Brasil.
No Brasil, a agenda econômica começa na segunda-feira (13) com a divulgação do Boletim Focus, trazendo as projeções atualizadas do mercado para crescimento econômico, inflação, taxa de juros e câmbio. Na quarta-feira (15), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados de crescimento do setor de serviços, enquanto o Banco Central revelará o IBC-Br na quinta-feira, um indicador que antecipa tendências para o PIB.
Panorama do Ibovespa
Conforme análise de Filipe Borges, analista técnico da Benndorf Research, o Ibovespa apresentou um fechamento semanal próximo à mínima, revertendo parte dos ganhos acumulados após atingir a região dos 121.700 pontos. Atualmente, o índice busca suporte na faixa dos 118.400 pontos. 
A quebra desse nível, segundo o analista, poderia desencadear uma movimentação mais acentuada de baixa, com próximos suportes projetados entre 113.000 e 111.500 pontos. Considerando o fechamento do gráfico diário, enquanto não houver uma ruptura acima dos 118.400 pontos, a expectativa é de uma fase de consolidação entre 118.400 e 121.700 pontos, caracterizada por menor volatilidade e alternância entre pregões de alta e baixa.
Dicas de Trades
DeFi [DEFI11]
Em sua análise, Filipe Borges destaca o DEFI11 como uma oportunidade de investimento interessante. Após uma forte alta e um período de consolidação na região de topo, o ETF apresenta uma correção de 30% desde sua máxima, o que, segundo o analista, configura um ponto de entrada atrativo. 
A recente alta de 5,7% demonstra a força do ativo, com uma tendência de alta saudável e correções saudáveis após grandes movimentos ascendentes. Borges mantém sua visão otimista para o DEFI11, projetando um alvo entre R$120 e R$200 por unidade nos próximos meses, o que representa um alto potencial de valorização.
Petrobras [PETR4]
Filipe destaca a alta volatilidade do Ibovespa, impulsionada por movimentos opostos de diferentes ativos. No caso da Petrobras, o analista identifica uma oportunidade de compra, com stop loss em 36,05 e alvos em 38,30 e 39,90. A operação oferece um risco-recompensa atrativo, superior a 2:1. O gráfico da Petrobras apresenta um bom momento para romper a consolidação do último ano.
Vale [VALE3]
Existe uma divergência entre as trajetórias da Petrobras e da Vale. Enquanto a Petrobras apresenta uma tendência de alta, a Vale está em um movimento de baixa. VALE3 após atingir a mínima de R$ 51,10, encontra um suporte importante nos R$ 50,00, conforme o gráfico diário. No entanto, Borges acredita que a ação pode buscar níveis mais baixos, com um próximo alvo na região dos R$ 48,40.
O analista espera uma reação dos compradores nos R$ 50,00, mas recomenda cautela. Ele ressalta que a Vale está operando em níveis não vistos desde 2021, o que torna a análise ainda mais relevante. Borges sugere que investidores busquem oportunidades de compra apenas após uma clara demonstração de força dos compradores na região de suporte.
Indicadores econômicos
De acordo com Leandro Manzoni, economista do Investing, os dados internacionais também serão de grande relevância. Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) será divulgado na quarta-feira, acompanhado pelo Livro Bege, que oferece uma análise qualitativa da economia americana. No mesmo dia, Reino Unido e França também apresentarão seus índices de inflação ao consumidor. Já na sexta-feira, a Zona do Euro trará os números consolidados do bloco.
Adicionalmente, indicadores de PIB serão divulgados na quarta-feira pela Alemanha e na quinta-feira pelo Reino Unido e pela China. O economista destaca que esses dados ajudarão a traçar um panorama do crescimento econômico global e podem influenciar decisões de política monetária e os mercados financeiros.
Calendário Macroeconômico
