Próxima semana tem ata do Copom e oportunidade em JBSS3

A partir das cartas de gestores e de pesquisa interna da XP Investimentos, o TradeNews teve acesso às perspectivas das principais gestoras de fundos do Brasil para o cenário político-fiscal do país do próximo ano

Panorama de 02 a 08 de fevereiro

A primeira semana de fevereiro será movimentada no cenário econômico e político. No Brasil, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na terça-feira (4), e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, na sexta-feira (7), serão os principais destaques. Segundo Leandro Manzoni, economista do Investing, “o mercado avaliará o tom do Banco Central após a alta da Selic para 13,25%, especialmente quanto aos novos fatores de risco e à questão fiscal”. A produção industrial de dezembro, divulgada na quarta-feira (5), também ajudará a medir o ritmo da economia, que já dá sinais de desaceleração.

Panorama do Ibovespa 

Filipe Borges, analista técnico da Benndorf Research, analisou o recente comportamento do IBOV e destacou a importância do suporte encontrado na faixa dos 118 mil a 118,5 mil pontos. Segundo ele, o índice teve um desempenho expressivo na semana, com uma forte alta que não se via há tempos no mercado, especialmente no pregão de quinta-feira. “Essa movimentação abre espaço para novas altas até a região dos 129,5 mil a 130 mil pontos”, explicou Borges, ressaltando que essa faixa de preço é um ponto de atenção, pois atuou como suporte e resistência por aproximadamente três meses.

No curto prazo, o analista recomenda aguardar oportunidades para swing trade, observando os retornos no gráfico de 60 minutos para buscar compras. Além disso, ele enfatiza que a região dos 129,5 mil a 130 mil pontos deve ser considerada estrategicamente para “realizar parcial ou ter mais atenção para novas compras”.

Dicas de Trades

Vale [VALE3] 

Filipe Borges avaliou a performance recente das ações da Vale e destacou um cenário positivo para o ativo, especialmente no rompimento da resistência na região dos R$ 55,80. Segundo ele, após vários meses apresentando volume acima da média, a ação falhou em romper os suportes próximos aos R$ 51,00, fechando recentemente com um candle comprador e aumento significativo no volume negociado. “Vejo uma excelente oportunidade de compra em Vale para os próximos meses, com rompimento em R$ 55,80 e primeiro alvo projetado em R$ 65,00, enquanto o alvo final está na faixa dos R$ 83,00”, afirmou Borges.

Para investidores que buscam operações visando o topo histórico próximo aos R$ 83,00, o analista destaca um risco-retorno atrativo. Ele explica que, caso o stop seja posicionado abaixo da mínima recente, o risco da operação ficaria em torno de 9%, enquanto o potencial de valorização pode chegar a 50%. “Esse é um risco-retorno muito favorável, o que pode proporcionar um excelente ganho nos próximos meses”, ressaltou.

JBS [JBSS3] 

Em relação à JBS, Borges destacou que a operação já está em andamento, com um ganho acumulado de aproximadamente 1,8%. Segundo ele, foi realizada uma redução no nível de stop, que inicialmente estava em 7% e agora foi ajustado para um risco de apenas 2%. “Hoje fizemos esse ajuste no stop, reduzindo o risco da operação para apenas 2%”, explicou o analista.

A estratégia adotada prevê um alvo intermediário na faixa dos R$ 36,81, com uma realização parcial prevista para um lucro de 4,9%. Além disso, o alvo final está projetado em R$ 42,55, o que representa um ganho estimado de 21,3%. Borges reforça que a análise técnica da JBS se mantém favorável, pois o ativo segue operando acima das médias no gráfico semanal, fator determinante para a entrada na operação. Além disso, a ação também mostra tendência de alta no gráfico diário, alinhada a pivôs ascendentes no gráfico de 60 minutos, o que reforça a perspectiva positiva para a continuação do movimento.

Ether [ETH11] 

No segmento de criptoativos, Filipe Borges destacou uma nova oportunidade de compra no gráfico semanal de ETH11. Segundo ele, durante vários meses, o ativo oscilou entre R$ 35 e R$ 44, apresentando uma excelente região de acumulação para compras. “Sempre comentamos que essa faixa de preço oferecia uma excelente oportunidade de entrada, com limite de compra entre R$ 50 e R$ 60”, lembrou Filipe.

O ETF chegou a atingir um pico de R$ 73 antes de realizar uma correção para a região das médias móveis, próximo aos R$ 54, onde voltou a fechar a semana com um candle comprador. Diante desse cenário, Borges reforça sua visão otimista: “Para mim, ainda é uma região de compra abaixo dos R$ 60,50, com projeção de alta e alvo final entre R$ 120 e R$ 170 por unidade”. Ele ressalta que os gráficos semanal, mensal e diário projetam uma tendência de alta, indicando uma boa oportunidade para os investidores que desejam aproveitar esse movimento ascendente.

Indicadores econômicos

No Congresso, os trabalhos retornam com a eleição das presidências da Câmara e do Senado no sábado (1º) e, ao longo da semana, com a definição das comissões e a possível votação do Orçamento de 2025. O governo federal pode avançar na reforma ministerial para acomodar aliados do Centrão, como Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, enquanto a recepção dos parlamentares será um teste para a popularidade do presidente Lula. A recente pesquisa Genial/Quest mostrou, pela primeira vez, a desaprovação do governo superando a aprovação.

No cenário internacional, os mercados acompanharão as repercussões das tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, anunciadas por Donald Trump e previstas para entrar em vigor no sábado. A expectativa é de que novas medidas protecionistas sejam direcionadas à China. Além disso, a semana será marcada por discursos de membros do Federal Reserve (Fed) e pela divulgação do relatório de emprego dos EUA, incluindo o payroll de janeiro, que pode influenciar a política monetária americana.

Por fim, no setor corporativo, a temporada de balanços se intensifica. No Brasil, grandes bancos como Itaú, Santander Brasil e Bradesco divulgarão seus resultados, enquanto nos EUA os destaques serão Amazon e Alphabet, controladora do Google. A performance das empresas ajudará a definir expectativas para os mercados nos próximos meses.

Calendário Macroeconômico

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