Guerra comercial EUA x China: acordo de redução de tarifas por 90 dias traz alívio aos mercados

redução de tarifas na guerra comercial entre EUA e China

Trégua foi negociada na Suíça durante o final de semana e irá gerar uma redução de tarifas bilateral: de 145% para 30% dos EUA à China – incluindo a taxa ligada ao fentanil – e de 125% para 10% da China aos EUA.

De acordo com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, ambas as partes concluíram que têm interesses em comum, em comércios equilibrados, e que nenhum dos lados quer romper as relações comerciais.

O prazo para implementação das medidas é até dia 14 de maio, ou seja, início quase imediato. Além disso, as duas potências prometem manter os canais abertos para que as negociações continuem, em busca de equilíbrio e benefícios mútuos.

Nem todos os mercados serão afetados

Apesar da medida ter levado um alívio imediato aos mercados mundiais, alguns segmentos ficarão de fora, como o caso do setor de medicamentos, semicondutores e aço. Nesse caso, os EUA continuarão em busca de um equilíbrio estratégico.

A escalada do conflito teve seu ápice no início de abril, com a imposição das tarifas pela governo de Donald Trump e a resposta imediata do governo chinês.

Reação dos mercados

Essa desescalada foi muito mais positiva do que o mercado esperava. A estimativa do Goldman Sachs, por exemplo, era de uma redução para 54% nas tarifas dos EUA sobre a China e 34% nas tarifas chinesas. Por isso, os futuros do S&P 500 sobem mais de 3%.

A bolsa americana volta agora ao nível em que estaria caso o Liberation Day não tivesse ocorrido e Trump tivesse apenas implementado a tarifa universal de 10%. Além disso, a última temporada de balanços nos EUA trouxe resultados sólidos, reforçando a saúde dos fundamentos corporativos.

Há também um enorme caixa disponível para ser investido e introduzir liquidez nos mercados. A bolsa vem subindo mesmo com Trump postando tarifas de 80% para a China.

Impactos Para o Brasil

De acordo com o Diretor de Investimentos da Nomos, Beto Saadia, o resultado é a continuidade do fluxo positivo para a bolsa local, que ainda apresenta ativos depreciados e afetados por alguns anos de liquidez decrescente.

A alta de 15% nas ações do Bradesco na semana passada, após um balanço considerado apenas “bom”, é um sinal claro de que há um desajuste nos fluxos e uma correção em andamento.

Seguimos acompanhando.

Quer ficar ainda mais por dentro do assunto? Acompanhe nossas lives diárias no YouTube, comandadas por especialistas que têm a missão de trazer as melhores oportunidades do dia, durante todo o pregão.

Compartilhe em suas redes!

WhatsApp
Facebook
LinkedIn
PUBLICIDADE

Matérias Relacionadas

PUBLICIDADE

Preencha o formulário e receba a melhor newsletter semanal do mercado financeiro, com insights de especialistas, notícias e recomendações exclusivas.

PUBLICIDADE
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?
TradeNews
Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.