Petrobras (PETR3/PETR4) 1T25: forte geração de caixa e dividendos gordos a caminho

Bandeira da Petrobras ao lado da bandeira do Brasil representando os resultados da companhia no 1T25

O que falar sobre o 1T25 da Petrobras?

Antes de mais nada, precisamos falar da conjuntura de preços: o Brent médio praticado no período foi de US$75,7 (-9,1% a/a) e o dólar médio de US$5,84 (+18%). Fazendo uma conta de padeiro, chegamos a um efeito positivo de 7% no preço final.

De fato, no segmento de exploração e refino, assistimos a um crescimento de receita em duplo dígito, mas uma queda de margens na comparação com o 1T24. Na comparação com o trimestre anterior, o crescimento foi mais consistente, mas muito afetado pelo efeito sazonal.

O segmento de refino foi prejudicado pelo consumo menor no período por efeitos sazonais, além de piora no cenário de spreads de preço em derivados.

Nos números, os custos e despesas foram mais pressionados, o que limitou o efeito de alavancagem operacional no consolidado da companhia. Mas o que chama muita atenção foi o resultado financeiro, que serviu de anabolizante para o lucro líquido.

Foram R$14,6 bilhões de efeito positivo com variação cambial sobre a dívida em dólar, o que fez o lucro líquido crescer 48%. Mas, se fizermos o ajuste, a imagem fica bem diferente: lucro de R$20,7 bilhões, uma queda de 13% a/a. Vale ressaltar que o efeito da valorização do real não tem efeito caixa, ou seja, não vai parar no bolso do acionista.

O capex foi de US$4,1 bilhões, representando uma redução expressiva na comparação trimestral (-29%), mas que não é uma base de comparação perfeita, uma vez que houve despesas não recorrentes no campo de Búzios no trimestre.

Mas o grande trunfo do período foi a geração de caixa operacional. Foram R$49,3 bilhões operacionalmente gerados no trimestre (+6% a/a), e uma geração líquida de investimentos de R$39,1 bilhões.

Foram R$6,7 bilhões adicionados ao caixa, revertendo a queima de caixa observado no 4T24 e 1T24. Também, vale ressaltar que a alavancagem financeira subiu para 1,45x (0,16 p.p).

Em minha visão, os números da Petrobras não vieram ruins, apesar do cenário adverso para as commodities.

O free cash flow yield do período foi de 9,2% e a empresa anunciou R$11,7 bilhões de dividendos. Acredito que, daqui para frente, o mercado ficará de olho na política de preços praticada internamente, principalmente nos efeitos do repasse e como isso poderá impactar a inflação local.

Olhando para o futuro da companhia, os efeitos da queda do Brent abaixo de US$70 deverão ser mais sentidos neste 2T25, o que pode impactar a geração de caixa…cenas para os próximos capítulos.

Por: Reydson Matos – equipe de Research Nomos

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