Santaner [SANB11]: BofA eleva preço-alvo, mas mantém recomendação Neutra

O Bank of America (BofA) revisou para cima o preço-alvo das Units do Santander Brasil, passando de R$ 28,00 para R$ 33,00 , o que representa um potencial de valorização de cerca de 10% em relação ao último fechamento. Apesar da revisão, o banco americano optou por manter a recomendação neutra para os papéis.

Segundo os analistas do BofA, a nova projeção leva em conta um controle de custos mais eficiente e maiores provisões, em razão da aplicação da resolução 4.966. Com isso, as estimativas de lucro líquido da instituição financeira foram mantidas para 2025, mas sofreram ajustes positivos de 3% e 5% para os anos de 2026 e 2027, respectivamente. A projeção de retorno sobre patrimônio líquido (ROE) também subiu, de 16% para 17%.

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O que diz o gráfico?

O papel do Santander [SANB11] segue em trajetória positiva, com uma estrutura técnica forte e consistente, segundo o analista técnico Filipe Borges, da Benndorf Research. Ele destaca que a ação permanece em tendência de alta e ainda conta com um call de compra ativo.

De acordo com Borges, o nível de suporte está bem definido na região de R$ 28,30, que funciona como ponto de stop para a operação. Já as resistências de curto prazo estão localizadas em R$ 30,30 e R$ 30,70.

“Acima dos R$ 30,70, o papel deve ganhar força e liberar espaço para uma alta mais expressiva, com potencial de valorização de até 15%, mirando um alvo final na região dos R$ 35,00“, aponta o analista.

BofA permanece cauteloso

O relatório do banco americano foi divulgado após reunião com a administração do Santander, que reforçou o foco da companhia na disciplina de capital e controle de despesas como pilares estratégicos. No entanto, a instituição permanece cautelosa em relação a 2025, diante da persistente incerteza no cenário macroeconômico. A expectativa do banco é de que não haverá expansão significativa na concessão de crédito no curto prazo.

Apesar de reconhecer uma melhora no sentimento do mercado em comparação com o fim de 2024, os executivos do Santander alertaram para sinais de enfraquecimento econômico previstos para o segundo semestre deste ano. Por isso, a gestão continuará priorizando a qualidade do balanço, com foco em renegociações e baixas contábeis que possam contribuir para acelerar a recuperação da instituição.