Próxima semana tem foco no Fed e oportunidade em LEVE3

A partir das cartas de gestores e de pesquisa interna da XP Investimentos, o TradeNews teve acesso às perspectivas das principais gestoras de fundos do Brasil para o cenário político-fiscal do país do próximo ano

Panorama de 18 a 23 de agosto de 2025

Investidores acompanham a próxima semana atentos ao Federal Reserve, que estará no centro do noticiário entre 18 e 23 de agosto. A divulgação da ata da última reunião, discursos de dirigentes e o Simpósio de Jackson Hole podem reforçar ou reduzir as apostas em cortes de juros, hoje concentradas em dois movimentos de 25 pontos-base até o fim do ano. Pressões políticas da Casa Branca, a corrida para a sucessão de Jerome Powell e indicadores recentes mais fortes que o esperado vêm reduzindo a probabilidade de cortes agressivos. No Brasil, o calendário econômico é enxuto, com IGP-10, IBC-Br e Boletim Focus na segunda-feira.

Panorama do Ibovespa 

O Ibovespa voltou a mostrar sinais de fraqueza após testar a região entre 136.600 e 139.700 pontos, apontada anteriormente como zona de possível realização. Apesar da forte alta na última terça-feira, o índice anulou o movimento nos dias seguintes. “Esse patamar tem se mostrado relevante para venda, já que o mercado absorveu rapidamente o fluxo comprador da semana passada”, avaliou Filipe Borges, analista técnico da NMS Research.

Entre os destaques de peso, Petrobras (PETR3 e PETR4) recuou. A Vale (VALE3), por sua vez, segue abaixo da linha de tendência de baixa (LTB), reforçando cautela, enquanto BBAS3 mostra volatilidade após a divulgação do balanço. Para Borges, a resistência imediata está em 138.500 pontos. “Se houver rompimento consistente, o índice pode buscar os 141.700 pontos, mas por enquanto o viés é de correção”, completou.

Dicas de Trades

MAHLE-Metal Leve [LEVE3]

As ações da MAHLE-Metal Leve (LEVE3) permanecem em consolidação desde julho de 2023, sem oferecer oportunidades claras de curto prazo. Segundo Borges, o ativo está no centro desse intervalo e exige cautela antes de novas entradas. “Para compras, observaria um teste no suporte em R$ 24,50; já a realização ficaria próxima a R$ 32,20”, explicou.

No cenário negativo, se o papel perder suporte após queda mais acentuada, o alvo seria R$ 18,80, coincidindo com o fundo anterior. No lado oposto, um rompimento confirmado acima de R$ 32,20 poderia projetar o ativo até R$ 42,20. “Quem está de fora deve aguardar um movimento mais claro, pois neste momento não há tendência definida”, reforçou o analista.

Vale [VALE3] 

A Vale segue pressionada pela LTB no gráfico semanal, com sucessivas tentativas de rompimento sem sucesso. Para Borges, o papel não apresenta sinal de compra no curto prazo. “Enquanto não houver fechamento semanal acima da linha de tendência, não vejo entrada técnica em Vale”, afirmou.

A mineradora acumula cinco a seis semanas de lateralidade, com volatilidade cada vez mais reduzida. O analista lembra que os atuais patamares já foram testados entre 2020 e 2025, reforçando a consolidação. “Esse tipo de movimento geralmente antecede uma forte quebra de preços, mas é preciso aguardar o timing certo para capturar a direção do rompimento”, acrescentou Borges.

Hashdex Nasdaq Crypto Index [HASH11]

O ETF HASH11, que replica índices de criptoativos, vem registrando forte valorização acompanhando o movimento de Bitcoin e Ethereum. Diante das dúvidas de investidores sobre possível formação de topo, Borges foi direto: “Não adianta tentar adivinhar topos. Até agora não há sinais técnicos de reversão”.

Composição do fundo é concentrada em Bitcoin (65%) e Ethereum (30%), ativos para os quais o analista mantém visão otimista. Ele projeta Bitcoin entre US$ 150 mil e US$ 200 mil, e Ethereum entre US$ 8 mil e US$ 10 mil no atual ciclo. “Isso representaria upside de até 60% para o HASH11, que poderia buscar a faixa de R$ 140,00 a R$ 170,00 por cota”, destacou.

Indicadores econômicos

O mercado entra na semana de 18 a 23 de agosto de olho no Federal Reserve, em meio a expectativas de cortes de juros menos intensos que o previsto no início do mês. A ata da última reunião, prevista para quarta-feira, e o discurso do chair Jerome Powell em Jackson Hole, na sexta-feira, devem nortear as apostas para os próximos passos da política monetária americana.

Discursos de dirigentes como Christopher Waller, Michelle Bowmann e Raphael Bostic antecedem o simpósio, com atenção redobrada pela posição de Waller como favorito para suceder Powell e pelo histórico de posições mais duras de Bostic. As movimentações ocorrem sob pressão da Casa Branca por cortes imediatos e pela ameaça de processo contra Powell.

No Brasil, a agenda é enxuta, com destaque para segunda-feira, quando serão divulgados o IGP-10, o IBC-Br e o Boletim Focus. No exterior, os investidores acompanham a decisão de juros do Banco Popular da China, prévias dos PMIs de agosto, a inflação final da zona do euro e balanços de varejistas americanas.

Calendário Macroeconômico

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