A primeira coisa que podia se observar quando se chegava ao 15º andar do Atlântica Business Center, em Copacabana, era a quantidade de pessoas reunidas. Apesar da sessão de autógrafos de Rodrigo Cohen – famoso Day Trader brasileiro – não ter iniciado, as pessoas já se amontoavam perto dele, com histórias sobre suas experiências com o curso.
Um jovem falava com Rodrigo sobre como o curso “Método Cohen Trading” havia mudado a sua vida. Depois, uma mulher se aproximou e contou sua experiência acompanhando o perfil no Instagram de 249 mil seguidores de Cohen.
Rodrigo lançou o livro “A Vida Não Tem Simulador” no dia 16 de março e compartilhou com o público sua visão sobre a obra, negócios e a vida. O livro chega semana que vem nas livrarias.
O livro

Rodrigo é um leitor voraz. Pelo menos, é o que ele deixou claro em nossa conversa. “Ano passado eu li trinta livros, minha meta é ultrapassar isso. Cada livro que eu leio é muito intenso para mim, eu fico como se eu conversasse com o autor daquele livro”, relatou.
Então, o trader entendeu que queria levar o mesmo sentimento às pessoas. Portanto, escreveu “A Vida Não Tem Simulador”.
“Eu acho que é a oportunidade das pessoas também conversarem comigo e uma parte minha […] estar na casa das pessoas. Então, é minha oportunidade de retribuir, né? O que todos os autores fizeram por mim e poder fazer agora pras pessoas”, esclareceu Rodrigo.
Para ele, a experiência de ter escrito um livro foi mágica, quase como uma limpeza. “E agora, pra mim, já tenho filhos, escrevi um livro, falta só agora plantar uma árvore, acho que é isso”, riu.
Quanto ao que ele mais esperava que as pessoas tivessem acesso e lessem, a resposta foi mais geral. O próprio livro aborda diversas partes diferentes mas igualmente importantes para Rodrigo, como trading, família, espiritualidade e negócios.
Todavia, o trader revela: “Mas eu acho que talvez a parte legal […] [são os] momentos difíceis que eu tive e depois como eu consegui transformar eles, as derrotas, em vitórias.”
O trader
Apesar de investimentos na bolsa de valores terem entrado mais no radar há relativamente pouco tempo, faz 23 anos que Rodrigo Cohen decidiu investir pela primeira vez.
“Meu pai que me inseriu na bolsa, ele já operava […]. E eu comecei pelo homebroker já desde aquela época, eu fui um dos primeiros que começou a operar com homebroker. Então, eu comecei com opções, por incentivo dele”, explicou o trader.
Como Rodrigo trabalhava na área de tecnologia, conseguia ganhar um bom salário, que sobrava todo mês. Com esse excedente, o hoje trader passou a investir.
“Eu fui gradativamente comprando ações, comprando, comprando, montando uma carteira muito grande. Então, foi isso que eu fiz desde o meu início até hoje”, completou.
Para quem quer começar
“Tem aquele ditado que no Brasil você tem que ser muito criativo, para poder morar aqui ou fazer, criar, ter um negócio, né? Então, eu acho que pra investir é a mesma coisa”, começa Rodrigo.
De fato, prosseguiu, ainda há certo receio de quem gostaria de começar a investir quanto a realmente ir até o final. Para essas pessoas, o trader diz que, apesar da volatilidade trazida por empresas, pela economia e política, os órgãos que regulam o mercado brasileiro são muito responsáveis e seguros.
“Então, vale a pena porque aqui a gente pode, a gente tem mais risco, mas ao mesmo tempo a gente pode ganhar mais”, esclarece.
Por fim, para quem realmente quer iniciar nesta vida, Rodrigo tem uma dica interessante. “Para quem quer começar agora? Eu acho que ‘comece’”, sintetizou.
Além disso, o operador de mercado tem outro conselho.
“Mais do que uma técnica, mais do que um objetivo de trade que você vai fazer na hora, mais do que o mindset que você vai desenvolver, mais do que o gerenciamento de risco, eu acho que tem que saber o seu porquê”, completa.