Apareceu no WSJ: Elon Musk acerta compra do Twitter em acordo de US$ 44 bilhões

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O Twitter aceitou nesta segunda-feira (25) a proposta de Elon Musk para adquirir a companhia, o que daria ao homem mais rico do mundo controle sobre a rede social na qual ele também está entre os usuários mais influentes.

O negócio de US$ 44 bilhões marca o fechamento de um namoro dramático e uma mudança no coração do Twitter, onde muitos executivos e membros do conselho inicialmente se opuseram à abordagem de Musk para aquisição. O negócio polarizou funcionários, usuários e reguladores do Twitter sobre o poder que as gigantes da tecnologia exercem na determinação dos parâmetros de discurso aceitável na Internet e como essas companhias impõem suas regras.

Os dois lados trabalharam noite adentro para discutir um acordo no qual Musk planeja tornar o Twitter fechado. No início desta segunda-feira, o Wall Street Journal relatou que o Twitter e Elon Musk teriam fechado um acordo sobre o valor do Twitter.

A aquisição, se concretizada, marcaria uma das maiores aquisições na história da tecnologia e provavelmente teria repercussão global nos anos que vêm pela frente, incluindo uma possível reformulação de como bilhões de pessoas usam as mídias sociais. Musk, que também é diretor-executivo da Tesla e da Space Exploration Technologies Corp., se dedicará a uma abordagem mais prática no discurso para uma companhia que tem se esforçado para reconciliar livre conversação com conteúdo agradável a anunciantes.

Na segunda-feira, após o Journal noticiar que um acordo está próximo, Musk tuitou para indicar o desejo de que a plataforma permaneça um destino para o discurso abrangente e discordâncias.

“Espero que até meus piores críticos permaneçam no Twitter, porque é isso que liberdade de expressão significa”, escreveu.

Bret Taylor, presidente do conselho independente do Twitter, disse que o acordo representa o melhor desfecho para os acionistas.

“O Twitter tem um propósito e relevância que impactam o mundo inteiro”, disse Parag Agrawal, CEO do Tweet, em depoimento. “Profundamente orgulhoso das nossas equipes e inspirado pelo trabalho que nunca foi tão importante”.

Era esperado que a empresa de mídia social baseada em San Francisco rejeitasse a oferta, feita por Musk em 14 de abril sem menção de como pagaria.

O Twitter, um dia depois da oferta não solicitada, adotou uma chamada poison-pill, desenhada para dificultar que Musk alcançasse mais de 15% de participação na companhia.

O Twitter mudou de postura após Musk detalhar elementos do plano de financiamento para a aquisição. Em 21 de abril, ele disse que tinha US$ 46,5 bilhões financiados. As ações do Twitter subiram bruscamente, e executivos da empresa se abriram a negociações.

As ações subiram 5,7% na segunda-feira, para US$ 51,70. O Twitter tem tido uma performance anêmica em uma era de grandes retornos para empresas de tecnologia. Suas ações saltaram no primeiro dia de negociação, em 2013, com fechamento em US$ 44,90, a menos de um dólar onde estavam mais de oito anos depois, quando Elon Musk fez sua abordagem.

A guinada dos papéis do Twitter é consequente ao encontro privado de Musk com vários acionistas da companhia para exaltar as virtudes de sua proposta enquanto repetia que o conselho tem uma decisão de “sim ou não” a tomar, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

Musk, com mais de 82 milhões de seguidores, usa há muito tempo a plataforma para emitir suas opiniões sobre tudo, de viagens ao espaço a criptomoedas. Em janeiro, ele começou a comprar ações do Twitter, se tornando o maior investidor individual com mais de 9% de participação em abril.

Ele já usou o Twitter previamente par escalar um conflito com a Securities Exchange Comission (SEC, a CVM americana), depois que a agência abriu uma investigação sobre algumas de suas recentes vendas de ações, e muitas vezes alfineta seus críticos na rede social.

Tornar o Twitter privado também permitiria a Elon Musk fazer mudanças sem o escrutínio sob o qual companhias abertas ficam sujeitas a seus acionistas. Ele também afirmou querer manter quantos acionistas for possível.

Twitter, no começo do mês, convidou Elon Musk para se juntar ao quadro – o que o impediria de possuir mais de 14,9% das ações da empresa. Musk inicialmente concordou e depois rejeitou a oferta.

O Twitter já embarcou em um plano de recuperação depois de uma briga com o ativista Elliot Management em torno de dois anos atrás. O Twitter disse há pouco mais de um ano que trabalharia para pelo menos dobrar a receita para US$ 7,5 bilhões até o final de 2023 e atingir pelo menos 315 milhões de usuários ativos diários monetizáveis na época.

As mudanças propostas por Musk para a plataforma incluem suavizar sua postura sobre moderação de conteúdo, criar um recurso de edição para tweets, tornar o algoritmo do Twitter de código aberto – o que permitiria que pessoas de fora da empresa o visualizassem e sugerissem alterações – e confiando menos em publicidade, entre outras ideias.

Musk, autodenominado “absolutista da liberdade de expressão”, disse em uma entrevista recente em uma conferência TED que vê o Twitter como a “praça da cidade de facto”.

O Twitter deveria ser mais cauteloso ao decidir derrubar tweets ou banir permanentemente as contas dos usuários, disse Musk, apontando suspensões temporárias como uma solução melhor.

Musk disse que também quer que a plataforma seja mais transparente quando tomar medidas que amplifiquem ou reduzam o alcance de um tweet. Ele disse que não tinha certeza de como algumas dessas ideias seriam implementadas.

O Twitter passou anos defendendo um discurso mais saudável em sua plataforma e adicionando moderação de conteúdo, argumentando pelo menos em parte que é bom para os negócios.

A empresa também introduziu novos recursos que vêm ganhando força com os usuários, incluindo o Twitter Spaces, que permite que as pessoas hospedem conversas de áudio ao vivo entre si dentro da plataforma.

Musk disse que quer que o Twitter dependa menos de publicidade – que forneceu cerca de 90% de a receita em 2021 – e mude seu modelo de negócios mais para assinaturas. Atualmente, a plataforma oferece um serviço por assinatura chamado Twitter Blue, que oferece aos clientes recursos premium como “desfazer tweet” por US$ 2,99 por mês. Ele sugeriu remover todos os anúncios no Twitter como parte das ofertas de assinatura.

Musk também apresentou a ideia de demitir funcionários, fechar a sede da empresa em San Francisco e não dar salário ao conselho de administração. Este último poderia economizar cerca de US$ 3 milhões por ano sozinho, disse ele.

Suas outras mudanças propostas para o Twitter incluem tentar impedir spam e bots fraudulentos e permitir tweets mais longos. O limite atual é de 280 caracteres.

Na próxima quinta-feira (28), o Twitter deve divulgar o balanço corporativo do primeiro trimestre.

A empresa disse nesta segunda-feira que não faria mais uma chamada com analistas no dia.

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Versão em português por Isabela Jordão. Baseado no texto originalmente escrito por Cara Lombardo, Meghan Bobrowsky e Georgia Wells para o The Wall Street Journal

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