Apareceu no WSJ: Powell diz que o Fed está determinado a reduzir a inflação nos EUA

O presidente do Fed, Jerome Powell, em coletiva de imprensa em 4 de maio. [Foto: divulgação/Federal Reserve]

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O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou em entrevista nesta terça-feira (17) que o banco central está se movimentando rapidamente para combater a inflação, que se encontra na máxima de 40 anos.

“Temos tanto as ferramentas quanto a determinação para reduzir a inflação”, disse Powell durante sua participação no festival Future of Everything, do Wall Street Journal, acrescentando que o Fed está firmemente focado na tarefa. O banco central está subindo as taxas de juros como parte de seu esforço mais agressivo em décadas para frear a pressão inflacionária crescente.

“Precisamos ver a inflação cair de maneira convincente”, declarou Powell. “Até conseguirmos, continuaremos atuando”.

O diretor do banco central e seus colegas subiram as taxas de juros duas vezes este ano – a mais recente no início deste mês, em meio ponto percentual – para uma faixa entre 0,75% e 1%. Autoridades do Fed também assinalaram que o atual panorama econômico justificaria elevar a taxa em reajustes de meio ponto pelo menos nas próximas duas reuniões de política monetária, em junho e julho. Até este mês, o Fed não havia subido taxas em tais intervalos desde 2000.

O presidente do Fed definiu sua esperança de que o banco central consiga reduzir a inflação sem desencadear um alargamento do desemprego.

“A economia está forte”, afirmou Powell, em referência aos fortes números das vendas no varejo dos EUA divulgadas hoje cedo. “Achamos que ela está bem-posicionada para aguentar uma política monetária menos acomodatícia”.

Autoridades do Fed descreveram a inflação mais alta do ano anterior como temporária. Eles voltaram atrás nessa caracterização no outono [americano] passado, à medida que o mercado de trabalho se recuperava rapidamente e a pressão dos preços se alastrava para uma gama de bens e, mais importante, serviços de mão-de-obra intensiva.

Ainda assim, o Fed em janeiro esperava que a inflação diminuísse nesta primavera, à medida que os gargalos de oferta melhorassem. Isso não aconteceu até agora. Enquanto isso, o mercado de trabalho se tornou excepcionalmente firme, com cerca de duas vagas de emprego abertas para cada trabalhador desempregado procurando emprego em março.

A guerra na Ucrânia e a retomada dos lockdowns na China para lidar com um surto de Covid-19 acabaram com qualquer expectativa de alívio a curto prazo, incitando muitas autoridades do Fed a defenderem um ritmo mais acelerado de alta dos juros nesta primavera e verão.

O Fed ainda está contando com uma queda inflacionária no final desde ano, à medida que as distorções na cadeia de suprimentos cessarem e os trabalhadores voltarem ao mercado de trabalho. Mas, ao contrário do ano passado, os líderes do Fed disseram que o banco central não poderia mais definir políticas de curto prazo a partir de previsões de materialização de tais alívios.

Investidores têm focado no ritmo de curto prazo de reajustes dos juros, com os mercados financeiros reagindo à política do Fed, inflação dos EUA, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a desaceleração da economia da China.

O ponto de parada do Fed para aumentos de taxas está envolto em incerteza. Se a inflação não exibir rapidamente sinais de diminuição, mais autoridades podem concluir que as taxas precisarão subir para mais perto de 4% nos próximos 12 a 18 meses, em vez de um nível em torno de 3%, projetado pela maioria deles na reunião de política há dois meses.

Os dados mais recentes de inflação vieram mistos. Na base mensal, o núcleo do índice de preços ao consumidor, que exclui alimentos e energia, subiu 0,6% com ajuste sazonal em abril, de acordo com relatório do Departamento do Trabalho dos EUA na semana passada, e subiu 6,2% comparado aos 12 meses anteriores.

O Fed usa um indicador diferente, o índice de preços de gastos com consumo pessoal. O relatório com os dados de inflação de abril do Departamento do Comércio será divulgado em 27 de maior. Baseado em outras cifras publicadas recentemente, analistas de Wall Street estimam um aumento mais suave da inflação.

Economistas do Morgan Stanley pensam que o núcleo da inflação medida pelo PCE cresça menos de 0,3% em abril, levando a taxa de variação em 12 meses de 4,8% para 5,2% em março.

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Versão em português por Isabela Jordão. Baseado no texto originalmente escrito por Nick Timiraos e Michael Derby para o The Wall Street Journal

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