Aquisição da Fibrasil deve ter baixo impacto nas ações da Vivo [VIVT3]

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A Telefônica Brasil [VIVT3], dona da Vivo, anunciou a compra de 50% das ações da Fibrasil, atualmente controladas pelo fundo canadense CDPQ, por R$ 850 milhões. Com essa operação, a participação da Vivo na Fibrasil passará de aproximadamente 25% para 75%. A conclusão da aquisição depende da aprovação do Cade, Anatel e, possivelmente, da assembleia de acionistas.

Segundo o relatório do Goldman Sachs, o impacto da aquisição da Fibrasil nas ações da Vivo será limitado, devido ao tamanho relativamente pequeno do negócio em relação ao valor de mercado da empresa. A operação já vinha sendo antecipada pelo mercado e reforça a estratégia da Telefônica Brasil na expansão da fibra óptica (FTTH).

O Goldman Sachs destaca que a Fibrasil atua como uma solução de rede de fibra óptica no atacado, com menor investimento direto em ativos para a Vivo. A companhia paga pelo uso da infraestrutura da Fibrasil, permitindo uma estratégia mais leve em capex, focada na expansão da cobertura de fibra no Brasil.

O banco ressalta ainda que o capex para ampliar “casas passadas” (áreas cobertas pela rede de fibra óptica) é significativamente menor que o gasto para conectar efetivamente os clientes (“casas conectadas”), etapa realizada diretamente pelas operadoras. Essa distinção é fundamental para entender a dinâmica financeira do negócio.

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De acordo com o comunicado oficial da Telefônica Brasil, a Fibrasil atingiu 4,6 milhões de casas passadas em 151 cidades até o final de 2024, número abaixo da meta inicial de 5,5 milhões, mas ainda representativo. A Vivo, incluindo a Fibrasil, reportou um total de 29 milhões de casas passadas no mesmo período. A receita da Fibrasil em 2024 foi de R$ 391,8 milhões, o que corresponde a cerca de 0,7% da receita total da Vivo e 1,7% do EBITDA da companhia.

O valor da transação equivale a um múltiplo preço/vendas de 4,3 vezes, considerado pelo Goldman Sachs como um investimento modesto para a Telefônica Brasil. O preço poderá ser ajustado pela taxa CDI caso o fechamento demore mais de 90 dias após o anúncio, conforme os termos do contrato aprovado pelo conselho da Vivo.

A Fibrasil, criada em 2021 via spin-off da Telefônica Brasil, foca sua atuação principalmente em cidades médias fora do estado de São Paulo, região que concentra cerca de 60% dos assinantes de banda larga da Vivo, segundo dados da Anatel de 2025. Com a aquisição, o fundo CDPQ deixará a sociedade, consolidando a participação majoritária da Vivo no segmento de fibra óptica no atacado.

Para o Goldman Sachs, a aquisição da Fibrasil reforça a estratégia da Telefônica Brasil para ampliar sua rede de fibra óptica e melhorar a experiência do cliente, mas sem causar grande volatilidade nas ações da Vivo. O negócio apoia a digitalização do país e deve garantir a continuidade da expansão da fibra óptica com foco em eficiência e menor investimento direto.

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