Diferenças entre os ETFs americanos e brasileiros que você precisa saber antes de investir

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DISCLAIMER: o texto a seguir trata apenas da opinião do autor e não necessariamente reflete a opinião institucional da Nomos Investimentos ou do TradeNews.

O mercado de ETFs (Exchange Traded Funds) é um segmento em crescimento no mundo todo, que oferece aos investidores uma forma prática e barata de se expor a diferentes ativos, como ações, criptoativos, índices, commodities, moedas e até mesmo estratégias operacionais. No Brasil, esse crescimento tem sido ainda mais acelerado, impulsionado pela dinâmica da pandemia e pela busca dos investidores por diversificação.

Mas quais são as diferenças entre os mercados de ETFs do Brasil e dos Estados Unidos? Neste artigo, vamos explorar alguns aspectos relevantes para quem quer investir nesse tipo de produto.

O mercado de ETFs dos Estados Unidos é muito maior do que o brasileiro. Enquanto o americano conta com mais de 7 trilhões de dólares divididos em mais de 3 mil ETFs, o Brasil conta com cerca de 98 ETFs listados na B3, com um valor total patrimonial de cerca de 45 bilhões de reais.

Em um contexto global, uma pesquisa recente da consultoria PwC projeta que o mercado de ETFs atingirá um AUM de pelo menos US$ 18 trilhões até 2026. O crescimento do mercado global de ETFs, aliado à entrada de novos participantes, ao surgimento de plataformas online de investimentos e a inovação em produtos temáticos, pode acelerar ainda mais essas projeções. Atualmente, o Brasil representa menos de 1% do mercado global, o que indica o enorme potencial de crescimento do segmento de ETFs no país.

Os tipos de ETFs disponíveis nos dois mercados são variados e abrangem diferentes setores e estratégias. No Brasil, os principais tipos são os que replicam índices nacionais ou internacionais (como o Ibovespa ou o S&P 500), os que investem em renda fixa (como o IMA-B) ou os que se expõem a setores específicos, como tecnologia, agronegócio e até mesmo criptoativos.

No mercado americano, além dos tipos já citados acima, há também ETFs inversos, ou seja, que apresentam o oposto da rentabilidade de um ativo ou índice, os “smart beta” ou “ETFs inteligentes” que usam algoritmos e indicadores para selecionar as melhores ações dentro dos seus índices e aqueles que contam com diferentes estratégias com opções já embutidas no produto.

Uma das características mais interessantes do mercado de ETFs dos Estados Unidos é a existência de ETFs que contém estratégias com opções embutidas. Esses fundos permitem ao investidor executar diferentes operações estruturadas, como proteção, alavancagem, arbitragem ou especulação, sem a necessidade de comprar ou vender as opções individualmente, de forma simples e barata. Os principais tipos são:

1. ETFs de Covered Call (geração de renda adicional): usam opções para gerar renda adicional para os investidores. Eles geralmente vendem opções de compra cobertas em ações subjacentes que já possuem. Isso permite que eles capturem o prêmio da opção e gerem renda adicional para os investidores. Curiosidade: o Brasil já tem o seu primeiro ETF desse tipo listado, o SPYI11.

2. ETFs de volatilidade implícita embutida: usam opções para se proteger contra a volatilidade do mercado. Eles geralmente compram ou vendem opções de compra e de venda em índices subjacentes para capturar ganhos com a volatilidade implícita do ativo e gerarem renda adicional para os investidores.

3. ETFs de Factor Investing: usam métodos para selecionar ações baseados em diferentes fatores atrelados aos ativos. Eles geralmente selecionam ações com base em fatores como capitalização de mercado, momentum ou até mesmo Múltiplos, com a relação entre preço/lucro da ação.

Esses e outros novos tipos de estratégias vêm surgindo constantemente à medida que o mercado se desenvolve, democratizando o acesso a estratégias de investimento que já foram muito caras para o investidor individual.

Os ETFs são uma forma de investimento que oferece diversas vantagens para os investidores, como simplicidade, diversificação, baixo custo e transparência. O mercado brasileiro, mesmo que ainda não seja tão desenvolvido quanto o americano, tem uma regulamentação mais uniforme e com menor carga tributária, além de vir se desenvolvendo rapidamente e apresentando opções inovadoras.

Esses investimentos são uma tendência global que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado financeiro. Eles são uma ótima opção para quem busca uma forma simples e eficiente de investir em diferentes segmentos e regiões do mundo.

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