Ata do Copom: será o fim do ciclo de alta?

Composição do conselho de política monetária

Nesta terça-feira(13), o Copom divulgou a ata da última reunião que aconteceu no dia 07 de maio e definiu a Selic em 14,75% ao ano. A ata tem muito peso para os investidores, economistas, casas de análise e outros grandes players do mercado e a explicação é muito simples: é a partir dela que é possível prever os próximos passos para ajustes futuros na taxa básica de juros e consequentemente nos rumos económicos do país.

De acordo com o Diretor de Investimentos da Nomos, Beto Saadia, a ata veio bem em linha com o comunicado feito na semana passada, com o comitê afirmando que vai agir com mais cautela e flexibilidade na política monetária, dando indícios de que o cenário de aperto monetário ou já terminou, ou está bem perto do fim.

Em maioria, o mercado aposta na manutenção da taxa de juros para a próxima reunião, porém existe uma pequena parcela que acredita numa alta de 25 pontos. No fundo, um aumento dessa magnitude não acende uma luz vermelha, o BC precisa sempre agir reforçando seu compromisso com a inflação e controlar a expectativa do mercado, o que vai ter mais impacto na economia como um todo é quanto tempo a taxa vai estacionar em patamares altistas.

Em suma, o martelo ainda não está batido, ainda existem pressões inflacionárias no país e alguns fatores que podem pressionar ainda mais os juros, como medidas fiscais que propiciam o crescimento inflacionário e um cenário pré-eleitoral, que podem acabar resultando em um próximo aumento, mas isso são cenas para os próximos capítulos.

Como a ata do Copom e a Selic têm impacto no seu bolso

De acordo com Larissa Siqueira, assessora da Nomos e uma das fundadoras do Investe com Elas, a Selic tem consequências que vão muito além da cúpula do mercado financeiro, com impactos diretos a todos os setores. Confira quais são:

▪️ Impacto para as empresas: o aumento da Selic eleva os custos com dívidas, prejudica os indicadores financeiros e dificulta o acesso ao crédito e ao capital de giro. Isso pode levar à redução de investimentos e à queda no valuation das empresas;

▪️ Impacto no câmbio e no dólar: juros elevados podem atrair investidores estrangeiros, contribuindo para a valorização do real. Um real mais forte tende a baratear as importações, mas pode prejudicar a competitividade das exportações;

▪️ Impacto para o consumidor: o aumento da Selic torna os financiamentos mais caros, os cartões de crédito e os empréstimos. Isso impacta diretamente o poder de compra dos consumidores;

▪️ Impacto para o investidor: a alta da Selic proporciona maior rentabilidade em investimentos de renda fixa (como CDBs e Tesouro Direto), o que pode diminuir o interesse por ativos de renda variável. No entanto, não deixe de investir, pois a diversificação é essencial;

▪️ Impacto para o governo: o aumento da Selic eleva o custo da dívida pública, o que pressiona as contas do Estado e pode resultar em aumento do déficit fiscal.

 

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