Ata do Fed concentra atenções; inflação no Reino Unido atinge máxima de 40 anos

As bolsas da Europa operam em queda nesta quarta-feira (17), depois de acumularem ganhos em pregões recentes, enquanto investidores digerem indicadores locais de crescimento e inflação. Os futuros de Nova York registram baixa, após Wall Street ficar sem direção única ontem (16).

Mais tarde, às 15h, as atenções globais vão se voltar para a ata da reunião de política monetária do Fed de julho, quando o banco central americano aumentou seus juros em 0,75 p. p. pela segunda vez consecutiva. Além disso, a diretora do banco central dos Estados Unidos, Michelle Bowman, discursa em dois eventos públicos hoje, às 10h30 e às 15h20.

O PIB da Zona do Euro sofreu leve revisão para baixo, mostrando expansão de 0,6% no segundo trimestre ante o primeiro. O cálculo original havia sido de alta de 0,7%. Para a Oxford Economics, trata-se de um resultado ainda sólido, mas sua expectativa é de forte desaceleração no bloco neste segundo semestre.

Já no Reino Unido, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) superou as expectativas em julho, ao atingir 10,1%, seu maior patamar em mais de quatro décadas. Na avaliação da Capital Economics, o Banco da Inglaterra tende a manter a agressividade com a disparada da inflação britânica e mais uma vez elevar seu juro básico em 0,5 ponto percentual, na reunião de setembro.

Os EUA também publicam números de vendas no varejo, que podem levar a ajustes nas apostas para o próximo aumento de juros do Fed, no mês que vem. A probabilidade de uma elevação mais moderada, de 0,5 p. p., segue majoritária em 51,5%, de acordo com instrumento de medição do CME Group.

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, após sinalizações de mais estímulos do governo da China para sustentar uma recuperação econômica do país. Indicadores divulgados na segunda-feira (15) apontaram desaceleração da segunda maior economia do mundo.

Por aqui, a agenda é enxuta e traz o IGP-10 de agosto, que deve mostrar deflação, segundo projeções do Broadcast o índice deve cair 0,63% neste mês, após alta de 0,60% em julho. Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento no fim da tarde.

Já a agenda dos presidenciáveis conta com encontros estratégicos, após a abertura da campanha eleitoral. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá se reunir com empresários e pequenos empreendedores em São Paulo. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve se encontrar com um grupo de prefeitos, às 18h30, em Brasília.

Em São Paulo, o IPC-Fipe, que mede a inflação na capital do estado, caiu 0,03% na segunda quadrissemana de agosto, revertendo leve alta de 0,02% verificada na primeira quadrissemana deste mês. Na segunda leitura de agosto, cinco dos sete componentes do índice subiram com menos força: habitação (de 0,14% na primeira quadrissemana deste mês para 0,09% na segunda quadrissemana), alimentação (de 0,68% a 0,34%), saúde (de 0,98% a 0,66%), vestuário (de 0,84% a 0,73%) e educação (de 0,52% a 0,41%).

Por outro lado, houve aceleração na categoria despesas pessoais (de 0,65% a 0,77%) e a deflação em transportes (de -2,74% a -2,33%) se amenizou.

Desempenho dos principais índices às 8h:

🇺🇸 S&P Futures -0,69%

🇩🇪 DAX -0,90%

🇺🇸 Nasdaq -0,81%

🇬🇧 FTSE -0,34%

🇫🇷 CAC -0,45%

🛢 Petróleo Brent -0,06%

🛢 Petróleo WTI +0,18%

💵 Índice Dólar +0,08%

🇺🇸 S&P VIX +3,56%

🇧🇷 EWZ -0,72%

💰 Bitcoin -0,88%

💲 Ethereum -0,65%

(Com Agência Estado)