A Azzas 2154, holding criada a partir da fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma, inicia um novo capítulo em sua trajetória com a reorganização de seu conselho de administração e a trégua entre seus principais sócios, Alexandre Birman e Roberto Jatahy. O movimento, que inclui a saída de Pedro Parente da presidência do conselho e a chegada de Nicola Calicchio, ex-McKinsey, marca uma tentativa de virar a página após meses de tensão entre os executivos e dúvidas sobre os rumos da companhia.
A sinalização de harmonia e foco operacional agradou o mercado: as ações da empresa começaram o dia subindo 4,19% nesta segunda-feira (30), liderando os ganhos do Ibovespa. Especialistas apontam que diferentemente da última mudança no conselho, que havia sido mal recebida, a nova chega é avaliada de maneira positiva e traz mais clareza sobre os objetivos da companhia.
Em entrevista conjunta, a primeira desde os desentendimentos, Birman e Jatahy afirmaram que o acordo de acionistas foi “posto na gaveta” para que o foco esteja na geração de valor. A governança também foi ajustada: o conselho foi reduzido de nove para sete membros e passará a contar com uma atuação mais estratégica voltada à integração e expansão dos negócios. A missão de Calicchio é acelerar a captura de sinergias e apontar novos caminhos para o crescimento da empresa, que já reúne marcas como Hering, Reserva, Farm e Schutz, com faturamento anual acima de R$ 14 bilhões.