B3 divide contrato futuro do Bitcoin: veja o que muda

A partir desta segunda-feira (16), a B3 passou a negociar o contrato futuro de Bitcoin em novo formato, com tamanho 10 vezes menor. A alteração reduz o valor mínimo de exposição e facilita o acesso de investidores iniciantes e operadores com menor capital. O contrato, que antes representava 0,1 BTC, agora equivale a apenas 0,01 BTC.

Além da mudança no lote, a margem mínima para day trade caiu para R$ 50,00, com limite de até 500 contratos por cliente. A cotação e o valor financeiro das posições anteriores foram preservados por meio da multiplicação automática da quantidade de contratos em aberto no encerramento do pregão de 13 de junho.

Menor alavancagem e mais liquidez no contrato futuro de Bitcoin

Segundo a B3, a mudança visa aumentar a liquidez dos contratos futuros de Bitcoin, que ainda possuem volume inferior aos contratos de dólar, Ibovespa e S&P 500. A medida também se alinha a práticas de mercado já utilizadas em outros ativos, que contam com versões “cheia” e “mini”.

Para o analista João Tonello, da Benndorf Research, a novidade favorece principalmente o investidor de varejo:

“O Bitcoin era o único contrato que não tinha versão mini. Agora, quem tem menos capital consegue operar com menor alavancagem e mais segurança. Isso deve ajudar a aumentar a liquidez do contrato, que ainda é pouco operado”, afirma Tonello.

Novas margens mínimas para criptoativos e futuros de Ibovespa

Junto à revisão do contrato de Bitcoin, a B3 também anunciou as novas margens mínimas exigidas para outros contratos de criptoativos e do índice Bovespa, válidas para operações do tipo day trade:

– Bitcoin (BTC): R$ 50,00

– Ethereum (ETH): R$ 40,00

– Solana (SOL): R$ 60,00

– Futuro Micro de Índice Bovespa BR+: R$ 45,00

Esses valores serão revisados a cada trimestre, com base na volatilidade e exposição nacional dos contratos. As corretoras deverão divulgar publicamente os valores mínimos exigidos por contrato em seus sites.

Monitoramento contra zeragens rápidas protegerá o investidor

Para reforçar a segurança das operações com contratos futuros de criptoativos, a B3 introduziu o monitoramento de zeragens compulsórias (ZER) e automáticas (ZAS). Se mais de 5% dessas operações forem liquidadas em até 60 segundos, com mais de 100 ocorrências por mês, a corretora poderá ser sancionada.

A apuração dos indicadores será feita diariamente pela bolsa e divulgada tanto em base diária quanto acumulada no mês, permitindo que participantes monitorem e ajustem seus controles de risco.

Mudança amplia o acesso ao contrato futuro de Bitcoin

Com a divisão do contrato futuro de Bitcoin, a B3 busca atrair novos investidores, promover maior acessibilidade ao mercado de criptoativos e estimular o aumento de liquidez. A iniciativa também reforça a importância de uma regulação ativa, com foco em transparência, controle de risco e democratização do investimento em ativos digitais.

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