BCE divulga ata de reunião; Congresso aprova desoneração da folha

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As bolsas da Europa operam sem sinal único nesta quinta-feira (31), digerindo indicadores econômicos recém-publicados e discursos de autoridades. Dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) falaram mais cedo. Os futuros de Nova York também ficam mistos, no aguardo da divulgação do payroll, amanhã.

Na agenda de hoje, há expectativa por declarações de membros do Federal Reserve (Fed) e por indicadores como o índice de preços de gastos com consumo (PCE), medida de inflação preferida do banco central americano, cuja divulgação será às 9h30.

Na Zona do Euro, investidores aguardam a publicação da ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), prevista para às 8h30.

As praças europeias também repercutem hoje o lucro líquido de US$ 28,88 bilhões reportado pelo UBS no segundo trimestre, um dos maiores de sua história. O lucro operacional foi de US$ 29,2 bilhões, com as receitas em US$ 9,54 bilhões. Segundo consenso fornecido pela própria companhia, a expectativa dos analistas era de que o lucro ficasse em US$ 33,73 bilhões, com o lucro líquido em US$ 33,45 bilhões.

A ação do UBS avançava mais de 5% na Bolsa de Zurique, após o balanço.

O UBS informou que manterá o banco doméstico do Credit Suisse, como amplamente antecipado, após ter adquirido o concorrente. “Nossa análise claramente mostra que a integração total é o melhor resultado para o UBS, nossos stakeholders e a economia suíça”, afirmou o banco. 

Entre os indicadores, o índice de preços ao consumidor (CPI) da Zona do Euro avançou 5,3% em agosto, na comparação anual, na leitura preliminar do indicador. O resultado repete o do mês anterior, de julho, enquanto analistas ouvidos pela FactSet previam agora uma alta menor, de 5,1%.

O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, registrou alta de 5,3% na prévia de agosto, desacelerando depois do avanço de 5,5% visto em julho. Neste caso, o número veio em linha com o esperado por analistas.

Já a taxa de desemprego no bloco ficou em 6,4% em julho. Com isso, a taxa ficou estável em comparação com o nível de junho.

Na Alemanha, as vendas no varejo caíram 0,8% em julho ante junho. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam estabilidade no período.

Em relação a igual mês do ano passado, as vendas no setor varejista alemão tiveram contração de 2,2%.

Entre dirigentes do BCE, Isabel Schnabel advertiu para o quadro de incertezas atual. Segundo ela, com isso será preciso analisar os indicadores a cada reunião, para só então decidir a política monetária. A fala veio em linha com a postura recente da instituição.

Já o economista-chefe do BoE, Huw Pill, disse privilegiar uma abordagem de manutenção dos juros constantes por mais tempo, sinalizando que deseja evitar aperto excessivo na política monetária. Pill afirmou que a inflação segue “muito elevada” no Reino Unido, mas também sinalizou cautela sobre os próximos passos, ao dizer que boa parte do aperto já realizado ainda precisa se traduzir de todo na economia do país.

Por aqui, acontece a divulgação da Pnad Contínua do trimestre encerrado em julho, às 9h, e o envio do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2024 ao Congresso. Atenção também ao resultado consolidado do setor público, às 8h30, um dia após o déficit do Governo Central ter surpreendido negativamente, ampliando as dúvidas sobre a capacidade de o governo cumprir a meta fiscal. 

Ontem à noite, véspera do envio da PLOA 2024 ao Congresso, passou no Senado o projeto do Carf, medida que ajudará a aumentar a arrecadação, mas a aprovação do projeto que prorroga a desoneração da folha até 2027 incluiu benefícios aos municípios, em uma derrota para o ministério da Fazenda.

Na primeira pauta, o governo teve de entrar em campo nos bastidores para garantir a aprovação no Senado de mudanças no Carf, o tribunal da Receita Federal. 

Já o segundo projeto foi considerado uma derrota para a Fazenda: a aprovação pela Câmara do projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027 e prevê, ainda, benefícios fiscais a todos os municípios brasileiros, que poderão reduzir a contribuição previdenciária.

O texto, que agora volta ao Senado por ter sofrido modificações, é visto com ampla preocupação pela equipe econômica, que foi escanteada das discussões no Congresso, de acordo com apuração do Broadcast. A Fazenda desejava incluir o debate sobre a redução de encargos trabalhistas na reforma tributária da renda, que deve ter início após a aprovação da reforma sobre o consumo.

Além disso, a medida prevê perda de receita num momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trabalha para aumentar a arrecadação, a fim de cumprir a meta de zerar o déficit das contas públicas no próximo ano. Só a inclusão dos municípios no projeto, após forte pressão dos prefeitos, terá um custo extra de até R$ 11 bilhões aos cofres públicos.

Integrantes da Fazenda classificam a medida como “pauta-bomba”, podendo dificultar o já desafiador caminho do governo para cumprir a meta em 2024 – o que vai exigir R$ 168 bilhões em receitas extras para reforçar o caixa.

Paralelamente, a B3 divulgou nesta manhã a terceira prévia da carteira teórica do Ibovespa que valerá para o período de setembro a dezembro de 2023, a qual inclui Vamos e Petrorecôncavo, com peso de 0,243% e 0,309%, respectivamente. A terceira prévia também exclui a Méliuz do índice.

Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice são: Vale ON (13,978%), Itaú Unibanco PN (6,455%), Petrobras PN (7,237%), Petrobras ON (4,459%) e B3 (3,658%).

Desempenho dos principais índices às 7h30:

🇺🇸 S&P Futures +0,10%

🇬🇧 FTSE +0,08%

🇩🇪 DAX +0,62%

🇺🇸 Nasdaq -0,08%

🇫🇷 CAC -0,06%

🛢 Petróleo Brent +0,47%

🛢 Petróleo WTI +0,42%

💵 Índice Dólar +0,38%

🇺🇸 S&P VIX -0,15%

💰 Bitcoin +0,05%

💲 Ethereum +0,02%

(Com Broadcast)







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