Bolsas americanas fecham em alta, na expectativa por Jackson Hole

As principais bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira (25). O mercado aguarda o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, do qual devem surgir novas indicações a respeito da postura da instituição em relação ao aperto monetário nas próximas reuniões. A segunda leitura do PIB do segundo trimestre dos Estados Unidos, que indicou uma contração de 0,6%, também esteve no radar do mercado.

Apesar de historicamente não representar um grande evento para os mercados, o Simpósio de Jackson Hole deste ano se tornou motivo de expectativa por conta da inflação recorde no país. O discurso de Powell será divulgado amanhã de manhã e deve movimentar os mercados de forma diferente do usual.

▪️ Dow Jones +0,98%
▪️ S&P500 +1,41%
▪️ Nasdaq +1,67%

O setor bancário registrou desempenho positivo, com destaque para o JPMorgan, que avançou 2,37%. O Bank of America (BofA) teve alta de 1,80%, e o Wells Fargo, de 1,68%. O Citi subiu 2,06%, após anunciar que venderá o restante de suas operações de banco de varejo na Rússia, diante das sanções apresentadas a Moscou. Companhias do setor de energia também tiveram alta, apesar da queda do petróleo no mercado internacional. A Chevron e a ExxonMobil avançaram 0,88% e 0,52%, respectivamente, enquanto a Chesapeke Energy teve alta modesta de 0,05%.

As ações da Tesla recuaram hoje, após a divisão dos papéis da companhia na proporção de 1 para 3, com o objetivo de torná-las mais acessíveis aos investidores. A montadora registrou queda de 0,35%.

Também entre as quedas, destaque para a Peloton Interactive, que recuou 18,32% após divulgar forte prejuízo no último trimestre. A companhia de equipamentos e mídia para exercícios, considerada uma “queridinha” da pandemia por conta de seus aparelhos que possibilitam a prática de atividades físicas em casa, apresentou dificuldades de se adaptar a um cenário de retorno dos hábitos pré-pandêmicos e registrou prejuízo de US$ 1,2 bilhão.

(Com Agência Estado, The Wall Street Journal e BDM Online)