As principais bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça-feira (27), em meio a uma divisão dos investidores relacionada aos impactos da reabertura na China. Ainda que a flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19 no país seja positiva sob a perspectiva da demanda, surgem novas preocupações com os possíveis impactos inflacionários decorrentes dessa retomada. Fora desse cenário, o dia foi de agenda esvaziada.
A China divulgou novas medidas de flexibilização das restrições associadas à Covid-19 e anunciou, hoje, que voltará a emitir passaportes para cidadãos do país que desejam viajar para o exterior, o que anima investidores em relação às perspectivas econômicas. Ainda assim, alguns analistas acreditam que o maior contágio pelo vírus decorrente dessa “retomada” pode continuar pressionando a atividade, mantendo a instabilidade observada ao longo do último ano.
A nevasca no estado de Nova York, considerada uma das maiores das últimas décadas, também esteve no radar por conta de possíveis impactos sobre o PIB do país no 4T22, ainda que este não seja tão “robusto”.
▪️ Dow Jones +0,11%
▪️ S&P500 -0,41%
▪️ Nasdaq -1,38%
O principal destaque corporativo do dia foi a Tesla, que despencou 11,41%, com o mercado repercutindo a notícia de que a montadora vai reduzir sua produção na fábrica de Xangai em janeiro, diante de preocupações com o avanço da Covid-19.
O avanço dos rendimentos dos Treasuries pressionou companhias de tecnologia, sensíveis a esse tipo de oscilação. Alphabet e Apple registraram quedas de 2,06% e 1,39%, respectivamente, enquanto Amazon e Microsoft recuaram 2,59% e 0,74%.
Os ADRs de grandes mineradoras tiveram desempenho positivo, favorecidos pelo avanço da commodity de referência no mercado internacional. BHP e Rio Tinto fecharam em alta de 1,11% e 0,90%.
(Com Agência Estado e The Wall Street Journal)