Bolsas americanas têm melhor sessão em dois anos após divulgação de CPI

As principais bolsas de Nova York fecharam em forte alta nesta quinta-feira (10), registrando o melhor desempenho em dois anos. Os números abaixo do esperado do índice de preços ao consumidor (CPI) de outubro indicaram que o Fed pode reduzir o ritmo de seu aperto monetário a partir da reunião de dezembro, o que animou o mercado e gerou um maior apetite pelo risco. Especialistas aproveitaram o desempenho de hoje para ressaltar o peso que investidores têm atribuído à postura do Fed em relação a suas decisões.

O núcleo do CPI, que exclui preços de energia e alimentos, os quais possuem maior volatilidade, subiu 6,3% em outubro na comparação anual, abaixo dos 6,5% esperados por economistas consultados pelo The Wall Street Journal, o que renovou apostas por uma suavização do ritmo das altas de juros pela autoridade monetária americana.

Para Jay Hatfield, gerente de portfólio na Infrastructure Capital Advisors, os mercados acionários atingiram o “fundo” e agora podem apresentar um rali. Ele também destaca que, caso os preços de energia continuem a cair em relação ao primeiro trimestre de 2022, a inflação pode desacelerar ainda mais.

▪️ Dow Jones +3,70%
▪️ S&P500 +5,54%
▪️ Nasdaq +7,35%

Diversos setores registraram ganhos hoje. Entre os grandes Bancos, JPMorgan e Bank of America avançaram 4,12% e 4,41%, respectivamente, enquanto o Citi subiu 6,75%.

A Amazon disparou 12,18%, com o mercado repercutindo uma revisão de corte de custos e redução de negócios não-lucrativos da companhia, liderada pelo CEO da empresa, Andy Jassy. Entre outras techs, Apple e Alphabet subiram 8,90% e 7,58%.

A Chevron e a ExxonMobil registraram ganhos de 1,89% e 1,47%, respectivamente, na esteira do avanço do petróleo no mercado internacional.

Até mesmo ações de companhias ligadas a cripto conseguiram recuperar parte das perdas acentuadas dos últimos dias, em meio ao caos proporcionado pelo caso FTX. A Coinbase teve alta de 13,56% e a Robinhood, de 10,36%.

(Com Agência Estado e The Wall Street Journal)

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