As bolsas da Ásia fecharam em queda generalizada pelo quarto pregão seguido nesta segunda-feira (26). As recentes decisões de bancos centrais para conter a inflação alimentam aversão ao risco global.
Na semana passada, o Federal Reserve e uma série de outras autoridades monetárias anunciaram aumentos das taxas de juros. Em contrapartida, o Japão manteve inalterada sua política ultra-acomodatícia.
O ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, disse hoje que as autoridades estão prontas para responder aos movimentos especulativos sobre o iene. O novo alerto veio dias após Tóquio intervir no mercado de câmbio para conter a depreciação da morda pela primeira vez desde 1998.
Suzuki também disse em coletiva de imprensa que o governo e o Banco do Japão (BoJ) estão na mesma página quanto ao compartilhamento de preocupações sobre as fortes quedas da moeda.
“Estamos profundamente preocupados com os recentes movimentos rápidos e unilaterais do mercado, impulsionados em parte por negociações especulativas”, disse Suzuki na coletiva. “Não há mudança em nossa postura de estarmos prontos para responder conforme necessário” a tais movimentos, acrescentou.
Já o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, declarou hoje que o banco central provavelmente manterá sua política monetária ultra-acomodatícia por enquanto, mas acrescentou que seu compromisso de manter as taxas de juros em “níveis atuais ou mais baixos” pode não permanecer inalterado por anos.
A bolsa japonesa reabriu hoje, após um feriado local.
Na China, o yuan encerrou o pregão doméstico em uma nova baixa de 28 meses em relação ao dólar, perto de seu limite de negociação negativo, apesar de medidas do banco central chinês para conter a fraqueza da moeda. O Banco Popular da China (PBOC) disse que aumentaria as reservas de risco cambial para instituições financeiras a partir de 28 de setembro.
🇨🇳 Shanghai -1,20% (3.051)
🇯🇵 Nikkei -2,66% (26.431)
🇭🇰 Hang Seng -0,44% (17.855)
🇰🇷 Kospi -3,02% (2.221)
(Com Agência Estado, Dow Jones Newswires e Reuters)