Bolsas da Ásia fecham negativas, a um dia do Jackson Hole

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira (24), lideradas pelo mercado chinês. Investidores sustentam cautela a um dia do Jackson Hole e monitoram os desdobramentos da pior onda de calor em seis décadas na China.

O índice de Xangai caiu pressionado por ações de montadoras e imobiliárias. O setor enfrenta dificuldades severas, diante a ausência de crédito fácil para as incorporadoras. Um índice de construtoras listados em Hong Kong caiu para a mínima de 10 anos.

“As pessoas ainda estão tentando entender toda a extensão dos efeitos prejudiciais, pois há múltiplas repercussões”, disse Samuel Siew, especialista de mercado da CGS-CIMB em Cingapura.

Exceção, o sul-coreano Kospi registrou ganhos, interrompendo uma sequência de cinco pregões negativos.

A falta de apetite por risco na Ásia precede o simpósio de Jackson Hole do Federal Reserve, que começa amanhã. A expectativa é de sinalizações sobre a intensidade do aumento de juros em setembro e nas reuniões adiante.

Ontem, o dirigente distrital do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que a instituição só deve relaxar no ajuste das taxas quando houver evidências convincentes de que a inflação americana se aproxima da meta oficial de 2%. Em julho, a taxa anual de inflação ao consumidor americano estava em 8,5%.

Na China, o calor extremo causou novos estragos hoje, apesar das temperaturas mais baixas em algumas regiões. A onda de calor no país, que se estende por mais de 70 dias, é a mais longa e mais difundida já registrada, com cerca de 30% das 600 estações meteorológicas ao longo do rio Yangtze registrando suas temperaturas mais altas na última sexta-feira (19).

🇨🇳 Shanghai -1,86% (3.215)

🇯🇵 Nikkei -0,49% (28.313)

🇭🇰 Hang Seng -1,20% (19.269)

🇰🇷 Kospi +0,50% (2.447)

(Com Agência Estado, Dow Jones Newswires e Reuters)

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