Bolsas da Ásia fecham negativas, após inflação chinesa e à espera da americana

As bolsas da Ásia fecharam em queda generalizada nesta quarta-feira (10), após a divulgação dos índices de preços ao produtor e ao consumidor da China. O mercado também aguarda os números de inflação aos EUA, a serem divulgados às 9h.

A inflação ao consumidor da China subiu 2,7% no comparativo anual, o maior nível desde julho de 2020. Entretanto, o resultado ficou abaixo dos 2,9% projetados.

O governo da China estabeleceu uma meta anual de inflação ao consumidor próxima de 3%. No mês passado, o primeiro-ministro Li Keqiang disse que o país seria capaz de manter a pressão inflacionária abaixo de 3,5% em 2022, em tentativa de destacar a necessidade de estabilização dos preços e emprego.

Já o índice de preços ao produtor (PPI) chinês subiu 4,2% em relação ao ano anterior, comparado um aumento de 6,1% em junho e uma previsão mediana de 4,8% de alta.

A escalada dos preços ao produtor da China desacelerou de uma alta de 26 anos atingida em outubro do ano passado, dando certa margem aos formuladores de políticas para promover estímulos à economia, na direção contrária dos apertos monetários iniciados pelos bancos centrais de outros países.

Fica no radar o CPI dos EUA, a ser divulgado nas próximas horas. O indicador tem forte influência na trajetória dos juros da maior economia do mundo. A inflação do país se encontra no maior patamar em mais de quatro décadas.

Para combater o avanço dos preços, o Fed já elevou os juros básicos quatro vezes este ano, incluindo dois aumentos de 0,75 p.p., o triplo de seu ritmo normal de ajuste.

🇨🇳 Shanghai -0,54% (3.230)

🇯🇵 Nikkei -0,65% (27.819)

🇭🇰 Hang Seng -1,96% (19.610)

🇰🇷 Kospi -0,90% (2.481)

(Com Agência Estado, Dow Jones Newswires e Reuters)