Bolsas mundiais oscilam à espera de dados de inflação, avanço da ômicron e mais assuntos que vão movimentar o mercado hoje

Bolsas mundiais oscilam à espera de dados de inflação, avanço da ômicron e mais assuntos que vão movimentar o mercado hoje

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A sessão desta segunda-feira (10) é sem grandes oscilações para os principais índices mundiais, após uma queda das bolsas na primeira semana do ano.

Mesmo com a variante ômicron da Covid-19 levando a recordes de casos no mundo, com mais de 2,5 milhões de casos diários, a preocupação dos investidores segue sendo o tom mais hawk (duro, de sinalização de alta de juros para conter a inflação) do Federal Reserve, explicitado na ata da semana passada.

Durante a semana, serão divulgados os dados de preços ao consumidor nos EUA, enquanto também serão conhecidos os dados de inflação no Brasil na terça-feira (saiba mais sobre a agenda da semana clicando aqui).

Ainda no radar doméstico, após ser recomendado pelo Ministério da Economia que o presidente Jair Bolsonaro vetasse o Refis às pequenas e médias empresas, o governo segue em busca de solução para a questão. Já questionado sobre possíveis greves de servidores devido às promessas de reajustes de policiais, Bolsonaro disse no sábado a jornalistas em Brasília que nenhum aumento salarial está garantido. Confira os destaques:

1. Bolsas mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros americanos oscilam entre leves ganhos e perdas nesta segunda-feira (10), após uma semana marcada pela divulgação de minutas do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc na sigla em inglês) do Federal Reserve, em que o banco central americano indicou a intenção de reduzir sua carteira de ativos e o auxílio econômico mais rápido do que o esperado até então, além de elevar as taxas de juros.

Os três principais índices americanos recuaram na primeira semana de 2022. Na sexta-feira, o S&P perdeu 0,4%; o Nasdaq recuou 0,9%; e o Dow recuou 4,81 pontos.

O rendimento dos títulos do Tesouro americano vem avançando e atingiu a marca de 1,8% na sexta-feira. Dados do governo divulgados na última sessão mostraram que o mercado de trabalho dos EUA está em pleno emprego ou próximo dele, embora a geração líquida de vagas em dezembro tenha ficado bem abaixo do esperado, em meio à escassez de trabalhadores. O relatório de emprego não-agrícola relativo a dezembro marcou a criação de 199 mil vagas, ante expectativa de 422 mil vagas.

A alta do rendimento dos títulos afeta principalmente ações de empresas de rápido crescimento, já que reduz a atratividade relativa dos ganhos com o mercado acionário e tende a tornar mais cara a tomada de empréstimos.

Nesta semana, investidores aguardam pela divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos, prevista para a quarta-feira, e do índice de preços ao produtor, para a terça-feira. No mesmo dia, o presidente do Fed, Jerome Powell, deve prestar um testemunho em sua audiência de nomeação ante um painel do Senado americano.

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam a segunda-feira com desempenhos variados entre si, com destaque negativo para o Kospi, da Coreia do Sul, e positivo para as bolsas da China continental. Investidores se mantêm atentos ao noticiário sobre a pandemia de coronavírus e a perspectiva de alta dos juros nos Estados Unidos.

Os papéis do Shimao Group listados em Hong Kong avançaram 19,15% após a publicação chinesa focada em negócios Caixin afirmar que a incorporadora endividada está vendendo todos os seus projetos imobiliários, tanto residenciais quanto comerciais.

Europa

As bolsas europeias recuam nesta segunda-feira. O índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, perde 0,3%, com destaque negativo para o setor industrial e positivo para o de viagem e lazer.

Investidores continuam atentos para o avanço da variante Ômicron do coronavírus, que vem se mostrando especialmente contagiosa, contribuindo para recordes de novos casos nas últimas semanas em países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, apesar de haver sinais de que vem sendo menos agressiva.

Na agenda econômica, investidores também digerem o dado de desemprego da zona do euro, que caiu a 7,2%, como previsto.

Nesta segunda-feira, investidores se mantêm atentos a conversas entre diplomatas russos e americanos em Genebra, com o objetivo de reduzir as tensões em torno da Ucrânia. Mais de 100 mil soldados russos estão mobilizados próximos à fronteira com a Ucrânia, elevando o temor de uma invasão ao país.

Commodities

Os preços do petróleo continuam a avançar em meio à preocupação com a oferta. No Cazaquistão, protestos populares interromperam linhas de trem e afetaram a produção no campo de Tengiz. E, na Líbia, a manutenção de um duto reduziu a produção para 729 mil barris por dia, frente a uma média de 1,3 milhão no ano passado.

Veja os principais indicadores às 7h10 (horário de Brasília):

EUA
Dow Jones Futuro (EUA), estável
S&P 500 Futuro (EUA), -0,02%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,03%

Ásia
Nikkei (Japão), -0,03% (fechado)
Shanghai SE (China), +0,39% (fechado)
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,08% (fechado)
Kospi (Coreia do Sul), -0,95% (fechado)

Europa
FTSE 100 (Reino Unido), -0,12%
Dax (Alemanha), -0,32%
CAC 40 (França), -0,13%
FTSE MIB (Itália), +0,08%

Commodities
Petróleo WTI, -0,18%, a US$ 78,81 o barril
Petróleo Brent, -0,17%, a US$ 81,61 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 2,03%, a 699,5 iuanes, o equivalente a US$ 109,75

Bitcoin
Os preços do Bitcoin avançam 0,25%, a US$ 41.829,15

2. Agenda e mobilização de servidores

Brasil

8h25: Banco Central divulga Boletim Focus com a expectativa de analistas sobre indicadores como inflação, juros e PIB
15h Balança comercial semanal

Estados Unidos

12h: estoques no atacado de novembro

Mobilização de servidores

Questionado sobre possíveis greves de servidores devido às promessas de reajustes de policiais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse no sábado a jornalistas em Brasília que nenhum aumento salarial está garantido. “Não está garantido reajuste para ninguém”, disse Bolsonaro. A fala ocorreu em frente à residência do advogado-geral da União, Bruno Bianco, que comemorava seu aniversário.

Após acordo com o governo, carreiras de policiais conseguiram garantir, junto a certos profissionais da saúde, a inclusão de R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2022 para reajustes. Em sua fala a jornalistas no sábado, o presidente disse que não tem espaço no Orçamento para um aumento geral, mas ressaltou que reconhece que servidores perderam poder aquisitivo nos últimos anos. O governo vem enfrentando mobilizações de funcionários públicos, em especial agentes da Receita Federal, que afetaram o funcionamento de portos na semana passada.

Manchete de capa do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira afirma que o reajuste salarial prometido anteriormente por Bolsonaro a policiais federais pressiona governos federais por ajustes às polícias civis e militares de cada unidade da federação. Segundo o jornal, estão previstos protestos de sindicatos em Minas, Paraná e Rio Grande do Sul. Como, legalmente, policiais não podem fazer greve, a estratégia deve ser a operação-padrão (execução de tarefas com rigor excessivo, de forma a prejudicar o fluxo de trabalho).

3. Radar político

No sábado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que uma solução para a renegociação das dívidas de micro e pequenas empresas pode ser anunciada até a terça-feira (11). Na semana passada, o presidente vetou integralmente um projeto de renegociação aprovado em dezembro pelo Congresso pois este não apontava fontes de recursos para compensar a perda com arrecadação, contrariando a Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Pode ter certeza que vamos buscar uma alternativa para, segunda-feira, terça no máximo (…) Talvez uma medida provisória ou uma portaria”, afirmou Bolsonaro a jornalistas em Brasília, em frente à residência do advogado-geral da União, Bruno Bianco.

Nomeações a ministérios

Segundo reportagem de bastidores publicada no domingo à noite pelo jornal Folha de S. Paulo, o presidente Jair Bolsonaro quer blindar as pastas de Saúde, Infraestrutura e Desenvolvimento Regional do avanço do Centrão.

De acordo com relatos de ministros e auxiliares do Palácio do Planalto ouvidos pelo jornal, Bolsonaro considera esses ministérios sensíveis por conta do volume de orçamento que mobilizam, em especial aqueles destinados de emendas parlamentares, e também pela sua importância em ano eleitoral.

De acordo com o presidente, 12 dos 23 ministros atuais devem deixar seus cargos no final de março. Pela legislação, autoridades devem deixar cargos públicos até abril para disputar eleições. Segundo auxiliares ouvidos pela Folha, até o momento é certo apenas que o secretário-executivo, Marcelo Sampaio, assuma o lugar de Tarcísio Freitas no Ministério da Infraestrutura. Freitas articula candidatura ao governo de São Paulo.

4. Crise entre Bolsonaro e Anvisa

Na noite de sábado, o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, pediu em nota que o presidente Jair Bolsonaro o denuncie e abra uma investigação contra ele e funcionários da agência ou que se retrata de insinuações que fez esta semana.

A agência autorizou o uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, mas a imunização desta faixa etária vem sendo combatida publicamente pelo governo. ​​Em entrevista na quinta-feira, o presidente levantou dúvidas sobre quais interesses estariam por trás da decisão da Anvisa, e disse que a medida não teria se baseado em preocupação com a saúde da população.

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa. Aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar”, afirmou Barra Torres em nota.

Afastamentos por adoecimento

Segundo informações da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) reproduzidas nesta segunda-feira pelo portal UOL, desde dezembro bares e restaurantes do país estão tendo que afastar em torno de 20% dos funcionários, semanalmente, por conta de suspeita de gripe ou Covid. Segundo o presidente da entidade, Paulo Solmucci, a situação é pior em grandes cidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná.

Um mês de ataque a registros do Ministério da Saúde

O ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde completa um mês nesta segunda-feira, mas os impactos continuam a ser sentidos. A previsão oficial é de que todos os serviços sejam retomados completamente apenas até o final de janeiro. O Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, usado para que municípios reportem casos graves, internações e mortes por Influenza ou covid-19) permanece, no entanto, fora do ar, dificultando a leitura sobre a epidemia no Brasil. No caso de novos casos e mortes por coronavírus, os registros começaram a normalizar a divulgação na última terça-feira (4).

Além disso, segundo o site Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, o Brasil é o país que menos testa pessoas para Covid, dentre aqueles que divulgam seus dados. Reportagem de bastidores publicada nesta segunda-feira pelo portal UOL afirma que técnicos da Organização Mundial de Saúde estão alarmados com a falta de controle e mapeamento sobre o avanço da contaminação pela variante Ômicron.

Especialistas acreditam que, além da alta com a Ômicron, o número de novos casos de Covid no Brasil vem sendo impulsionado pelos dados represados após o ataque hacker.

Alta de casos e mortes

No domingo (9) foram registrados 23.504 novos casos de Covid. A média móvel de novos casos em sete dias foi de 33.146, o que representa alta de 669% em relação ao patamar de 14 dias antes, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa divulgadas às 20h.

Em um dia o Brasil registrou 50 mortes por Covid. Assim, a média móvel de mortes em 7 dias ficou em 123, alta de 28% em comparação com o patamar de 14 dias antes. O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 161.642.302 pessoas, o que representa 75,78% da população. A segunda dose ou vacina de dose única foi aplicada em 144.322.726 pessoas, ou 67,66% da população. E a dose de reforço foi aplicada em 29.431.769 pessoas, ou 13,79% da população.

5. Radar corporativo

Vale (VALE3)

A Vale comunicou, nesta segunda-feira (10), que paralisou parcialmente a circulação de trens na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e produção dos Sistemas Sudeste e Sul em razão do nível elevado de chuvas que atingem Minas Gerais.

No Sistema Sudeste, a EFVM foi paralisada no trecho Rio Piracicaba -Joao Monlevade impedindo o escoamento do material em Brucutu e no complexo de Mariana, que estão com a produção suspensa. O trecho Desembargador Drummond -Nova Era também está paralisado, mas em fase de liberação e não afetou a produção do Complexo de Itabira.

No Sistema Sul, em função da interdição de trechos das rodovias BR-040 e MG-030, da segurança de circulação de empregados/terceiros e da infraestrutura da frente de lavra das minas, a produção de todos os complexos está temporariamente paralisada.

Suzano (SUZB3)

A Suzano aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 1 bilhão, à razão de R$ 0,741168104 por ação.
Segundo a empresa, os dividendos intercalares serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório referente ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2021.

O pagamento dos dividendos intercalares será efetuado em 27 de janeiro, com base na posição acionária do encerramento do pregão do dia 18 de janeiro de 2022, inclusive nesta data.

Smartfit (SMFT3)

A Smartfit (SMFT3) registrou crescimento pelo 7º mês consecutivo de sua base de clientes em dezembro. Neste mês, foram adicionados 23 mil clientes às academias (+0,9% vs. novembro), atingindo 91% do patamar de março de 2020 (pré-pandemia).

Considerando somente as unidades existentes pré-pandemia, a empresa atingiu 76% da base de clientes de março de 2020, devido à sazonalidade, tipicamente o mês de dezembro é marcado por retração da base de clientes.
Nos meses de dezembro de 2017 à 2019, a base de clientes de academias abertas há mais de um ano retraiu em média 2,1%, se comparada à base de novembro.

Enauta (ENAT3)

A Enauta (ENAT3) produziu 624,2 mil barris de óleo equivalente (boe) em dezembro de 2021, equivalente a uma média diária de 20,1 mil boe.

No acumulado do ano, a produção foi de 6,6 milhões de barris, o equivalente a 18,3 mil boe diários. A produção média diária no campo de Atlanta em dezembro recuou 2,25% em relação a novembro, para 13 mil barris.

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