por Beto Saadia
Mesmo que seja para discordar, precisamos entender por que uma agência de reputação eleva o rating do Brasil.
O rating não se trata apenas da trajetória da dívida pública, apesar de sua relevância no scorecard de uma análise de rating. O foco tende a ser muito nessa questão.
Fatores como força econômica, diversidade da matriz econômica, volatilidade do PIB, governança, banco central, todos têm pesos relevantes também. Nesses pontos houve evolução (trabalhista, previdência, saneamento, garantias, banco central, tributária, …, .) e o relatório aponta isso.
Abusando ainda do guia técnico da Moody’s, existe um filtro chamado de cross-sector methodology. Traduzindo, é uma relativização da análise. Ou seja, é considerada no rating a situação de países primos do Brasil como África do Sul, Índia, latinos e etc. Países com dívidas similares e nem sempre pontuam bem em outros temas.
Finalizando, a nota não vem em boa hora, pode ajudar no câmbio (estamos precisando), mas cede mais folga pro governo e congresso avançarem nos gastos gerando menos custo político.
O texto trata apenas da opinião do autor e não necessariamente reflete a opinião institucional da Nomos Investimentos ou do TradeNews.