O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu um passo importante para o futuro da Braskem (BRKM5) ao aprovar sem restrições uma possível operação envolvendo as ações da petroquímica detidas pela NSP Investimentos, holding da Novonor. Essa decisão abre caminho para a entrada de Nelson Tanure como potencial controlador indireto da Braskem.
Próximos passos e atores chave
A aprovação do Cade, solicitada em 7 de julho pela Novonor e pelo fundo Petroquímica Verde (ligado a Tanure), ainda está sujeita a um prazo de 15 dias para manifestações de terceiros. A concretização da operação dependerá da posição da Petrobras (PETR3, PETR4), que detém 47% do capital votante da Braskem e é principal fornecedora de matéria-prima, e da conclusão das negociações da Novonor com os bancos credores (Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e BNDES), que hoje detêm as ações ordinárias.
Incerteza e expectativas
A Braskem, em nota ao mercado, alertou que “não há garantia de que os eventos, tendências ou resultados esperados vão de fato ocorrer”. No entanto, a entrada de um novo controlador indireto como Nelson Tanure pode trazer mudanças estratégicas para a companhia, influenciando sua governança e o desempenho de suas ações (BRKM5) na Bolsa de Valores.
Analistas e investidores do mercado financeiro e do setor petroquímico permanecem atentos aos próximos desdobramentos dessa transação.