China emite primeiro alerta nacional de seca e luta para salvar colheitas em onda de calor extrema

Fonte: Reuters

A China emitiu seu primeiro alerta nacional de seca do ano, em meio a esforços de autoridades para combater incêndios florestais e da mobilização de equipes especializadas para proteger as plantações das altas temperaturas escaldantes na bacia do rio Yangtze. 

O “alerta amarelo” nacional, emitido na última quinta (18), ocorre depois que regiões de Sichuan, no sudoeste, a Xangai, no delta do Yangtze, sofreram semanas de calor extremo, com autoridades do governo citando repetidamente as mudanças climáticas globais como a causa. Este alerta está dois níveis abaixo do alerta mais sério na escala de Pequim.

Em uma das importantes bacias de inundação do rio Yangtze, na província de Jiangxi, centro da China, o lago Poyang encolheu para um quarto de seu tamanho normal para esta época do ano, disse a agência de notícias estatal Xinhua ontem.

Cerca de 66 rios em 34 condados da região sudoeste de Chongqing secaram, afirmou a emissora estatal CCTV hoje (19).

A precipitação em Chongqing este ano reduziu 60% em comparação com o padrão sazonal, e o solo em vários distritos está com falta severa de umidade, disse a CCTV, citando dados do governo local.

O distrito de Beibei, ao norte do centro urbano de Chongqing, viu as temperaturas atingirem 45°C ontem, de acordo com o departamento de meteorologia da China.

Seis dos dez locais mais quentes do país na manhã de sexta-feira estão localizados em Chongqing, com temperaturas no distrito de Bishan já se aproximando de 39°C. Xangai já estava em 37 graus.

A infraestrutura e os serviços de emergência da região de Chongqing estão sob crescente pressão, com os bombeiros em alerta máximo à medida que as chamas nas montanhas e nas florestas surgem por toda a região. A mídia estatal também relatou um aumento nos casos de insolação.

Hoje, a concessionária de gás no distrito de Fuling avisou aos clientes que cortaria o fornecimento até novo aviso, pois lida com “sérios riscos de segurança”. A violenta onda de calor e o consequente racionamento de energia em partes do país têm parado fábricas e ameaçado o rendimento de colheitas.

O departamento agrícola de Chongqing também montou equipes de especialistas para proteger culturas vulneráveis ​​e expandir o plantio para compensar as perdas antes da colheita do outono.

O ministério dos recursos hídricos instruiu as regiões agrícolas atingidas pela seca a estabelecer escalas determinando quem pode acessar os suprimentos a qualquer momento, para garantir que eles não se esgotem.

Apenas em julho, as altas temperaturas causaram perdas econômicas diretas de 2,73 bilhões de yuans (US$ 400 milhões), afetando 5,5 milhões de pessoas, de acordo com dados do ministério de emergências da China.

Enquanto isso, o centro meteorológico nacional da China renovou seu alerta vermelho de alta temperatura, o 30º dia consecutivo em que emitiu alertas. Os meteorologistas estaduais também previram que a atual onda de calor só começaria a diminuir em 26 de agosto.

A agência meteorológica disse em seu boletim diário que 4,5 milhões de quilômetros quadrados do território nacional registraram temperaturas de 35°C ou mais no mês passado – quase metade da área total do país – com mais de 200 estações meteorológicas registrando recordes.

US$ 1 = 6,8103 yuans

 

 

(Com Reuters)

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