por Luís Gustavo Novais
A Irani [RANI3] é uma das principais empresas brasileiras no segmento de papel e embalagens sustentáveis e apresentou uma receita líquida de R$ 426,4 milhões no 3T24.
Apesar de disputar com outros players na produção de papel, a empresa se diferencia pelo foco de sua produção. Suzano e Klabin, possuem parte de sua receita vinculada a produção de celulose, o que as torna mais sensíveis ao preço da commodity.
A Irani, em contrapartida, tem sua receita distribuída entre papelão ondulado, papel e uma pequena parcela em Breu e Terebintina. Dessa maneira, a companhia está mais atrelada ao PIB e não a comercialização da celulose nos mercados internacionais.
A combinação desses fatores com a crescente busca por sustentabilidade transformam a Irani em uma opção de investimento no longo prazo.
O papelão ondulado, junto com o papel, é um dos principais materiais no mercado brasieliro de embalagens, como aponta o gráfico, e é também a principal linha de receita da Irani, sendo responsável por 59% dela, o que corrobora com a possibilidade de investimento na companhia.
Adicionalmente, a saúde financeira da Irani mostra uma alavancagem de 2,26x (Dívida Líquida/Ebitda), com perfil de longo prazo e um custo médio anual de 7,4% após impostos. O retorno sobre o capital empregado (ROIC) está em 11%.
Sendo negociada abaixo dos pares no exterior, a companhia distribui 6% de dividend yields 25e e já está em seu terceiro programa de recompra de ações, adquirindo cerca de 7% de suas ações.
Dessa maneira, Max Bohm, estrategista de ações da Nomos, recomenda compra de RANI3, com preço-alvo de R$ 10,80 (preço 53,2% maior em relação ao fechamento de 16/01/2025). O analista ainda possui uma visão de longo prazo para o papel, com horizonte acima de 1 ano.
Visão técnica
Segundo João Tonello, analista pleno da Benndorf Research, RANI3 segue em tendência de baixa, respeitando a linha de tendência de baixa (LTB) traçada desde os R$ 9,15. Recentemente, o ativo encontrou suporte em R$ 6,45 e apresentou leve reação, mas ainda precisa romper a LTB para demonstrar força compradora consistente. Apesar do aumento recente no volume, ainda não há confirmação de rompimento que sinalize mudança de tendência.
Para que haja um indicativo de compra, o preço precisa fechar acima de R$ 7,25, validando o rompimento da LTB e sugerindo uma possível reversão de tendência. No entanto, caso essa região seja rejeitada, o ativo pode voltar a testar suportes anteriores, mantendo o viés negativo. Acima de R$ 7,25, a próxima resistência mais forte está em R$ 7,98, que pode se tornar um alvo caso o rompimento seja confirmado.
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A Irani [RANI3] faz parte da carteira Max Small Caps, assim como outras ações analisadas por Max Bohm. Para ter acesso às Carteiras Max, basta clicar aqui.