Enquanto alguns preferem compras e vendas diárias, há os que vão à bolsa de valores em busca da tranquilidade de ganhar dinheiro sem precisar mexer no portfólio com frequência. Viver de renda é um sonho de muitos, mas escolher ações de boas pagadoras de dividendos é um processo ao qual poucos se submetem.
A começar pelas características distintivas de uma empresa rentável nesse sentido. Uma boa pagadora de proventos tem geração de caixa estável e sustentável e previsibilidade de receita, aponta Max Bohm, estrategista de ações da Nomos Investimentos.
Obviamente, também deve-se observar o histórico de distribuição de dividendos e o dividend yield das companhias em questão, mas sem isolá-los das características operacionais descritas acima.
As boas ações para quem deseja dividendos estão geralmente nos setores elétrico, de telecomunicações e serviços financeiros, destaca Max, citando BB Seguridade [BBSE3], CPFL Energia [CPFE3], Vale [VALE3] e Gerdau [GGBR3; GGBR4] como boas pagadoras atualmente.
Investir não basta
Max Bohm ecoa a máxima de que não basta investir, é necessário reinvestir os proventos para de fato expandir o patrimônio através de uma carteira de dividendos. No longo prazo, diz, o processo de reinvestimento de dividendos em ações da mesma companhia é muito positivo.
Assim como a maximização de retornos está no reinvestimento, a minimização de riscos de uma estratégia focada em investimentos está na diversificação.
“Não tenha tudo no setor elétrico”, adverte o especialista, sugerindo distribuir o capital entre empresas dos distintos setores mencionados como melhores pagadores de proventos.
Dividendos a gosto do perfil de investidor
Na visão do analista, uma estratégia focada em dividendos é mais adequada para quem está começando agora na bolsa de valores ou para investidores de perfil conservador de modo geral.
Ele também cita o perfil de investidor de idade mais avançada e com foco em receber renda passiva, de empresas de menor risco.
De todo modo, a recomendação de Max é investir simultaneamente em duas estratégias: uma voltada aos dividendos e outra mais exposta a empresas de risco maior – consequentemente, maior retorno potencial.
O percentual alocado em cada portfólio varia de acordo com o perfil. Por exemplo, uns se sentirão mais confortáveis com 60% do capital focado em empresas de crescimento potencial e 40% em dividendos, mas não há um molde fixo.
Promovido pela Nomos Investimentos
Desenvolvida por Max Bohm, a carteira Max Dividendos realiza uma distribuição setorial de boas empresas pagadoras de dividendos, tendo o Índice Dividendos (IDIV) da B3 como referência.
O portfólio proporciona aos investidores se expor à renda variável com uma estratégia defensiva e recebendo renda passiva ao mesmo tempo.