Consumo americano estagna e inflação permanece

EUAA

Em março, as despesas pessoais dos consumidores americanos permaneceu praticamente estável ao crescer apenas US$ 8,2 bilhões. Ao mesmo tempo, o PCE Price Index, índice preferido de inflação do FED, avançou 0,1% entre meses e 4,2% entre anos, ambos desacelerando dos valores anteriores de 0,3% e 5,1%.

Entretanto, o núcleo do PCE Price Index mostrou avanços de 0,3% m/m e 4,6% a/a, este último registrando redução apenas marginal em relação ao resultado de fevereiro.

No mais, a renda pessoal avançou 0,3% no período e cresceu US$ 67,9 bilhões. O aumento de US$ 8,2 bilhões nas despesas com consumo resultou de um crescimento de US$ 44,9 bilhões em gastos com serviços, que foram parcialmente compensados pela queda de US$ 36,7 bilhões nos gastos com bens.

Entre os serviços, se destacaram as despesas com habitação, serviços públicos e cuidados médicos. Já entre bens, a queda foi puxada por veículos motorizados e partes e gasolina e outros bens energéticos.

A renda pessoal cresceu alavancada pela compensação, receitas de renda pessoal sobre ativos e alugueis que foram parcialmente compensadas por reduções na renda dos proprietários e receitas de transferência corrente pessoal.

Em relação ao mês de fevereiro, os preços dos bens caíram 0,2%, enquanto os preços dos serviços avançaram 0,2%. Enquanto isso, o preço dos alimentos também recuaram 0,2%, e os preços da energia tiveram contração de 3,7%. Na comparação anual, os preços dos bens subiram 1,6% e os preços dos serviços avançaram 5,5%. Os preços do alimentos tiveram alta de 8% e o preço da energia caiu 9,8%, novamente atuando como principal força negativa no índice e sendo o motivo da diferença entre o índice cheio e o núcleo.

A desaceleração dos indicadores de consumo e renda são prováveis reflexos da crise bancária de março e da exaustão do mercado de trabalho, bem como crescimento menor dos salários, como vimos através dos últimos indicadores.

Ao mesmo tempo, ainda observamos a inflação caindo muito em função da energia, de modo que o núcleo permanece estável e mostra a persistência da inflação elevada na economia americana, algo que deve causar mais aversão ao consumo e investimentos, potencializando a desaceleração do mercado de trabalho e dos salários e contribuindo para a queda da inflação.

Entretanto, a estabilidade dos preços elevados deve levar o FED a promover mais um aumento de juros na reunião do dia 3 de maio, favorecendo o cenário de recessão.

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