A Copel anunciou a aprovação, por unanimidade, da proposta de migração para o Novo Mercado, segmento da B3 que exige os mais altos padrões de governança corporativa. A transação, que prevê a conversão de todas as ações preferenciais em ordinárias, será deliberada em Assembleia Geral Extraordinária no dia 4 de agosto. A expectativa é que o processo seja concluído no quarto trimestre de 2025.
A proposta envolve a conversão das ações preferenciais (PN) em ações ordinárias (ON), com o pagamento de R$ 0,7749 por PN em forma de ação preferencial resgatável, o que representa um prêmio de aproximadamente 6,7% em relação ao fechamento de mercado antes do anúncio. A medida foi vista como equilibrada e já precificada, segundo o BTG Pactual, que considerou a iniciativa benéfica para todos os acionistas. Para o Goldman Sachs, a mudança pode impulsionar a liquidez das ações, fortalecer a governança e ampliar a base de investidores.
O BTG também destacou que a conversão garante direito a voto para acionistas PN e maior potencial de dividendos para os detentores de ações ON, sem alterar a política de dividendos da companhia, que prevê payout mínimo de 75% e meta de alavancagem de 2,8x Dívida Líquida/EBITDA. Já o Goldman observou que o pagamento do prêmio de conversão, estimado em R$ 1,3 bilhão, pode elevar temporariamente a alavancagem da empresa em 0,2 ponto, reduzindo dividendos ordinários em 2025. Ainda assim, estima um dividend yield atrativo de até 13,8% para os acionistas preferenciais.
Ambos os bancos mantêm recomendação de compra para as ações da Copel. O BTG Pactual tem preço-alvo de R$ 15,00 para CPLE6, com potencial de valorização de 19,5%. Já o Goldman Sachs projeta R$ 13,00, o que representa uma possível alta de 3,6% destacando a Copel como uma das suas preferidas no setor de utilities, ao lado de Sabesp e Equatorial.