A Copel [CPLE6] parece ter o caminho livre para iniciar seu processo de privatização. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o pagamento de R$ 3,7 bilhões pela empresa, a fim de manter a operação de três usinas hidrelétricas. Esta decisão era essencial para o prosseguimento da desestatização da empresa.
Em fato relevante divulgado no final de julho, a Copel anunciou que irá lançar uma oferta pública primária e secundária inicial de 549.171.000 ações ordinárias. Destas, 319.285.000 ações serão alienadas pelo Estado do Paraná.
Assim, o governo deixará de ser acionista majoritário da companhia.
Vale a pena entrar na oferta?
Max Bohm, estrategista de ações da Nomos Investimentos, afirmou que, ao comparar a Copel com outras empresas do setor, enxerga-a “mais esticada”.
A companhia negocia a 11x P/L e a 6,2x EV/Ebitda, segundo o especialista.
A empresa se encontra em região de máxima histórica, assim como outras ações de elétricas, subindo 30% nos últimos 12 meses.
Em sua carteira recomendada Max Ações, o estrategista optou por investir em CPFL Energia [CPFE3], no momento. Em comparação, a CPFL Energia negocia a 7,6x P/L e a 5x EV/Ebitda, de acordo com Max.
“CPFL é igualmente integrada, atua em distribuição, geração e transmissão de energia, mas muito mais barata [que Copel].”
Em relação ao yield, CPFL parece seguir na dianteira, sinalizou Max, já que distribui 9% enquanto Copel 6%.
“Na minha visão, apesar de ser uma empresa relevante no estado do Paraná […] ela nesse momento está com um valuation um pouco mais esticado”, sinalizou.
Para Max, a recomendação, no momento, é não entrar na oferta.