Copom: Selic deve ser mantida em 15%, apontam bancos internacionais

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia nesta quarta-feira, 30 de julho, sua decisão sobre a taxa básica de juros. O consenso entre os analistas dos maiores bancos internacionais é de manutenção da Selic em 15%, com foco no combate à inflação e nos impactos da tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos. O cenário macroeconômico, marcado por incertezas fiscais e dados fracos de atividade, exige cautela da autoridade monetária.

Para o JP Morgan, o BC deve reforçar a sinalização de juros elevados por mais tempo, buscando avaliar os impactos inflacionários da nova tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. A estimativa é de que essa medida afete entre 0,6% e 0,9% do PIB, caso não haja acordo. Além disso, o banco destaca o enfraquecimento da conta corrente no primeiro semestre, com déficit de 3,4% do PIB em junho, e um cenário fiscal desafiador para 2026, mesmo com projeções mais favoráveis para 2025.

O Bank of America também projeta manutenção unânime da Selic, mas destaca que o Copom deverá incorporar a nova tarifa dos EUA ao seu balanço de riscos. O banco observa queda nas expectativas de inflação e desaceleração da atividade econômica. A projeção do BofA para a inflação de 2027 deve recuar para 3,4%, com início dos cortes de juros previsto apenas para dezembro. A taxa real de juros, próxima de 10%, segue bem acima do nível considerado neutro pelo BC, de 5%.

O Goldman Sachs também espera que o Copom mantenha a Selic em 15% e adote uma orientação hawkish, indicando pausa por um “período relativamente prolongado”. O banco destaca que o ciclo de alta foi encerrado com o aumento de 0,25 ponto percentual em junho e que o novo horizonte relevante passará a ser o primeiro trimestre de 2027. Nesse período, a inflação projetada segue em 3,4%, acima da meta. Para o Goldman, a combinação de inflação resistente, expectativas desancoradas, hiato do produto positivo e riscos externos (como as tarifas dos EUA) justifica a manutenção dos juros em nível restritivo.

[Fonte: Goldman Sachs, “Latam Views”]

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