Credit Suisse retoma cobertura de Eletrobras (ELET3), com recomendação “outperform”

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O Credit Suisse retomou a cobertura das ações da Eletrobras (ELET3; ELET6), apontando que a empresa tem um “futuro brilhante” após a privatização. Os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano definiram preço-alvo de R$ 71 para os papéis PNB da companhia e de R$ 67 para os ON, implicando em potencial de alta de 63,5% e 58,6%, respectivamente.

Eles destacam que preferem a ação PNB sobre a ON, com base no cálculo de spread justo (R$ 3,80). Nos modelos, o banco incorpora os novos contratos de concessão adquiridos com os recursos do follow-on concluído em 10 de junho, além de importantes premissas de ganhos de eficiência após a privatização.

“Como resultado, vemos as ações sendo negociadas a uma TIR real decente de 13% (62% de retorno total para ações PN), com riscos de alta provenientes de: implementação de turnaround mais rápida; melhor gestão do passivo; e nova estrutura societária para permitir sinergias operacionais adicionais”, diz o Credit Suisse.

Na visão dos analistas, o novo balanço patrimonial e as reduções de custos também devem permitir pagamentos de dividendos razoáveis e crescimento a longo prazo. Eles acreditam que a tese de investimentos é atraente especialmente quando se considera que cerca de 40% do Ebitda da empresa vem do segmento de transmissão, que possui um fluxo de caixa previsível ajustado pela inflação.

Ao mesmo tempo, a ação é considerada líquida e o banco espera uma nova estrutura de governança após a privatização, que permitirá grandes ganhos de eficiência e grande crescimento de 25% da taxa de crescimento anual composta (CAGR) do Ebitda.

O Credit também destaca que a Eletrobras é uma das maiores geradoras hidrelétricas do mundo e a maior concessionária de energia do Brasil, detendo cerca de 30% da participação de mercado brasileiro em geração (5 vezes a capacidade da segunda geradora no Brasil) e cerca de 46% da rede de transmissão brasileira.

“Ter um portfólio tão grande pode implicar diversos benefícios, como ganhos de escala significativos, grande capacidade de alavancagem (e geração de caixa) e provável poder de negociação de contratos com fornecedores (assim como com clientes). A grande exposição à rede brasileira também pode implicar grande potencial de crescimento”, diz o banco.

Por fim, os analistas dizem acreditar que o portfólio único da Eletrobras e o domínio no mercado brasileiro permitem que a empresa desempenhe um papel importante nas próximas tendências do setor elétrico, incluindo a geração renovável offshore e hidrogênio verde.

 

(Agência Estado)

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