Luis Gustavo Novais
O minério de ferro é uma das principais commodities negociadas no mundo. Dessa maneira, os olhos do mercado estão sempre voltados para as negociações desse material, principalmente para analisar companhias que possuem produção atrelada à matéria-prima.
Existem duas principais cotações comumente utilizadas como parâmetro para observar o desempenho do minério de ferro: Dalian, na China, e Singapura.
A Bolsa de Commodities de Singapura (SGX) é um dos maiores centros de negociação de contratos futuros de minério de ferro do mundo, o que a tornou um referencial para os analistas, mesmo não sendo um produtor do material.
Por outro lado, a Bolsa de Mercadoria de Dalian (DCE) se destaca como referencial pela relevância da China para o mercado. Sendo capaz de influenciar diretamente na cotação, a gigante asiática é a maior compradora de minério de ferro do mundo, além de ser uma das grandes produtoras. Por isso, sua demanda pelo material está diretamente relacionada à precificação do ativo.
A trader especializada em commodity, Nathy Castanheira, considera Dalian como a mais relevante para o mercado: “Por ser o maior consumidor mundial. As outras também têm relevância, mas Dalian acaba puxando as outras de acordo com oferta e demanda”, contou ela.
A análise dos futuros
Empresas como Vale [VALE3], Gerdau [GGBR4] e outras dos setores de mineração e siderurgia podem acabar vendo seus papeis acompanharem a variação do minério, por terem ligação direta com esse ativo.
Por isso, investidores buscam os contratos futuros para entender o rumo que tais companhias podem trilhar. Contudo, o gap observado se torna essencial para agir de maneira assertiva.
Castanheira avalia que 3 meses é o período ideal para realizar a análise. “Mais que isso, podem acontecer variáveis que mudem o padrão bruscamente”, alertou ela.