As ações da MRV [MRVE3] tiveram um pregão volátil nesta quinta-feira (15), da máxima de 3,97% à mínima de 1,78%, com fechamento em alta de 0,76%. O direcionamento errático deve-se à repercussão do relatório de vendas da construtora nos dois primeiros meses do segundo trimestre.
A empresa divulgou ontem à noite as vendas de abril e junho, que totalizaram R$ 1,5 bilhões. “Número bem interessante”, definiu Max Bohm, estrategista de ações da Nomos Investimentos, dado que a cifra responde por 75% do esperado para o segundo trimestre.
Caso a MRV sustente o mesmo ritmo de abril e maio em junho, prossegue o especialista, o desempenho trimestral superaria em 10% a projeção do mercado.
Max se declara bem otimista quanto a MRVE3. Ele é responsável pela Carteira Max Ações, disponível a clientes da Nomos Investimentos, na qual as ações da construtora têm peso de 4%.
O ativo entrou recentemente para o portfólio. O analista responsável acredita que a ação vai continuar performando bem, e justifica apontando a negociação do papel abaixo de 1x o valor patrimonial.
“Consideramos interessante principalmente quanto a gente compara com outros ativos do setor de real estate”, pontou Max. MRVE3, complementa, é a segunda ação mais líquida entre as construtoras na B3, abaixo apenas da Cyrela [CYRE3]. “Isso faz com que ela atraia fluxo estrangeiro principalmente que quer investir no setor.”
A expectativa de bom resultado no segundo trimestre, claro, é outro argumento de Max Bohm para a tese sobre a MRV.
A prévia divulgada ontem mostra que o ticket médio dos apartamentos vendidos pela empresa subiu 4% ante o período imediatamente anterior e 20% na comparação anual. A cifra mostra que a empresa “está conseguindo repassar os custos, inflação, para o preço dos imóveis e está vendendo bem”, finaliza.
