Claudia Denelle prepara comida e ensina culinária. Com 70 anos, ela não tem planos de parar
Cláudia Denelle gostava de cozinhar com sua mãe e avós desde os dois anos de idade, preparando folhas de uva e massas, as cozinhas de suas heranças libanesa e italiana. “Era o lugar que eu preferia estar”, diz Denelle, que mora em Brockton, Massachusetts.
Levou mais de 50 anos, mas agora, aos 70, finalmente está no lugar que prefere – preparando comida e ensinando culinária.
Quando se formou na faculdade, em 1975, Denelle conseguiu um emprego gerenciando 12 lojas de alimentos, uma oportunidade rara para uma jovem naqueles dias. A empresa foi uma das primeiras a escanear códigos de barras, ela lembra, e treinou todos os caixas.
Depois disso, ela fez um MBA e foi analista sênior de negócios por duas décadas. Em seguida, tornou-se redatora técnica em uma empresa de investimentos, onde, com o tempo, sentiu que seus serviços não eram mais valorizados. Eventualmente, aos 51 anos, Denelle foi demitida.
Dois anos se passaram, em uma época da vida em que muitos que perderam seus empregos acham difícil recomeçar. Então, um dia, Denelle foi convidada para cozinhar para a festa de formatura do ensino médio da filha de uma amiga. A amiga havia experimentado sua comida antes e, no dia da festa, Denelle preparou um jantar de frango à parmegiana para 60 pessoas.
“É muito gratificante quando você vê sorrisos nos rostos das pessoas ou não ouve ninguém falando porque estão comendo”, afirma ela. Ela começou a preparar comida para outras festas. “Cresceu a partir daí”, diz.
Denelle comenta que uma das razões pelas quais decidiu iniciar um negócio preparando comida foi uma lembrança de uma mulher com um negócio de catering. Ela se lembra de ter entrado na loja da mulher há cerca de 40 anos. “Havia música agradável tocando e tanta comida. Os cheiros eram incríveis. Esta era uma maneira simplesmente linda de ela ganhar a vida”, fala ela.
Por muito tempo ela administrou o negócio em sua casa, o que às vezes tinha seus desafios. Como a vez em que teve que preparar cinco refeições quentes diferentes para um grupo de 300 pessoas.
“Meu marido estava fora de si”, diz ela. “Ele disse: ‘Você está louca? Não podemos fazer isso’. E eu continuei repetindo ‘Veremos'”.
Em 2021, ela abriu uma cozinha comercial de 1.250 pés quadrados em North Easton, a 3 milhas de sua casa. Ela oferece aulas, clínicas e festas lá. Recentemente, em uma de suas festas culinárias, uma fila de conga se formou. “Eles vêm para a cozinha, cozinham, se divertem”, compartilha ela.
Para crianças, ela lidera uma clínica de cinco dias no verão. “As crianças abraçam as bandejas em que coloco a comida feita por elas”, diz ela. “Elas estão tão orgulhosas do que fizeram”.
Denelle trabalha rotineiramente de 40 a 60 horas por semana. Mas, segundo ela, é o melhor emprego que já teve. “Quando não estou na minha loja, sinto falta dela… É exatamente onde me sinto feliz”.
Ela espera continuar neste trabalho até que seu corpo diga que não pode mais fazê-lo. “Estou esperando que me mantenha ocupada até eu decidir que quero descansar”.
(Com The Wall Street Journal; Título original: She Was a Business Analyst and Tech Writer for Decades. Now She Cooks—and Loves It)