EUA também têm feriado na semana do Carnaval; WEGE3 fica ex-dividendos na Quarta de Cinzas

Panorama para 20 a 24 de fevereiro

Por conta do Carnaval, a semana será obviamente mais curta na B3. A bolsa brasileira não vai abrir segunda (20) e terça-feira (21), e as negociações retornam na Quarta-Feira de Cinzas (22). 

Wall Street também não vai abrir na segunda-feira, por conta do feriado americano de aniversário de Washington.

Temporada de balanços

No Brasil, a Isa Cteep [TRPL3; TRPL4] divulga o resultado na quinta-feira (23). 

A XP Investimentos não espera grandes surpresas nos resultados do segmento de transmissão de energia. 

“Olhando para a geração eólica, os efeitos do fenômeno meteorológico La Niña ainda impactaram negativamente a incidência de ventos no período”, disse a corretora no relatório consolidado de perspectivas para os balanços do quarto trimestre de empresas brasileiras.

Nos Estados Unidos, destaque para os resultados da Nvidia [NVDC34], na quarta-feira, do Ebay [EBAY34], na quinta, e da Moderna [M1RN34], na sexta (24). 

Radar de proventos

Os papéis da WEG [WEGE3] e BR Partners [BRBI11] ficam “ex-direitos” na quarta-feira. Ou seja, investidores com as ações correlatas em carteira até o fim do pregão de sexta-feira (17) vão receber os rendimentos. 

Os proventos da WEG são dividendos intercalares correspondentes a R$ 0,226303 por ação, cujo pagamento está previsto para 15 de março. 

Na quinta-feira, ficam “ex” Alpargatas [ALPA4] e Camil [CAML3], enquanto Banco do Brasil [BBAS3] e Ultrapar [UGPA3] ficam no dia seguinte. 

A remuneração aos acionistas do Banco do Brasil será tanto em forma de dividendos, no valor de R$ 0,239227 por ação, quanto de juros sobre capital próprio (JCP), a R$ 0,582630.

Projeção para o Ibovespa

O benchmark da B3 passou a última semana entre 107.800 e 110 mil pontos. De acordo com Filipe Borges, analista técnico da Benndorf Research, a região ainda não indica a próxima tendência do índice. 

 “A confirmação do rompimento da resistência em 110 mil pontos abre espaço para altas até 113.500 [pontos]”, analisa. Por outro lado, “a confirmação da perda do suporte em 107.800 – ou pode arredondar para 108 mil pontos – abre espaço para quedas até 104 mil”. 

A confirmação dos rompimentos depende de um fechamento do Ibovespa acima da resistência ou abaixo do suporte, prossegue Filipe, “e um volume acima da média”, principalmente um volume acima do negociado nos últimos pregões”. 

Indicadores econômicos

Apesar da semana enxuta no Brasil, a agenda internacional tem destaques como a inflação ao produtor (PPI) da Alemanha do quarto trimestre e o índice PCE de gastos com consumo dos EUA – também conhecido como indicador de inflação favorito do Fed.

A leitura final do PPI alemão, a ser divulgada na segunda-feira, deve confirmar a leitura prévia e permanecer em território contracionista, “puxado principalmente pela queda do consumo das famílias”, diz Marco Ferrini, analista de macroeconomia da Benndorf. 

O resultado reflete o impacto das maiores taxas de inflação da história do país e do aumento dos juros em meio às expectativas de recessão e ineficiência dos estímulos fiscais, prossegue o especialista.

“A Alemanha apresenta os piores indicadores entre as potências europeias atualmente, o que agrava a situação do continente, visto que o país representa cerca de 29% do PIB da Zona do Euro.”

Na prévia do quarto trimestre, a inflação ao produtor alemã recuou 0,2% na comparação trimestral, mas apontou crescimento de 1,1% ante o mesmo período em 2021. 

Nos EUA, o PCE de janeiro sai na sexta-feira. De acordo com Marco, os números devem vir mistos, “com o indicador geral próximo da estabilidade, mas o núcleo avançando de forma sólida”

Os dados resultariam “da queda acentuada que os bens energéticos americanos registram no início do ano causada pelas temperaturas mais quentes, queda do preço do barril do petróleo e estoques elevados dessas commodities diante de preocupações persistentes sobre uma potencial desaceleração da demanda causada pela recessão”. 

O analista da Benndorf aponta que o elevado núcleo do indicador consiste em outro sinal de que o Federal Reserve (Fed) vai continuar a subir juros, “avançando para dentro do território restritivo, aumentando os riscos de recessão e potencialmente causando mais quedas nas commodities energéticas em um movimento de precificação de demanda deprimida no médio e longo prazo”.