Emissões de dívida nova da América Latina podem trazer turbulência em 2022

Emissões de dívida nova da América Latina podem trazer turbulência em 2022

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(Bloomberg) — A América Latina deve liderar as emissões de dívida nova entre países em desenvolvimento no ano que vem, um passo que, segundo alguns estrategistas, pode lançar as sementes de turbulência futura na região.

Países da América Latina podem emitir cerca de US$ 38 bilhões em títulos em 2022, mais do que qualquer outra área em mercados emergentes. O volume total de emissões no mundo todo tende a cair, mas, na América Latina, a desaceleração será mais lenta, dizem estrategistas. Os empréstimos da região podem resultar em problemas políticos e sociais para essas nações, disse Nathalie Marshik, diretora-gerente de renda fixa da Stifel Nicolaus & Co.

Existem pelo menos dois motores para a esperada preeminência da América Latina nas vendas de títulos: estados que fazem fronteira com o Golfo Pérsico, historicamente entre os maiores emissores em mercados emergentes, reduziram as vendas com o aumento dos preços do petróleo.

E governos latino-americanos são mais lentos na redução dos gastos em meio à pandemia, especialmente quando a região se prepara para eleições no Chile, Colômbia e Brasil, segundo Sara Grut, estrategista do Goldman Sachs em Londres. Essas nações representam três das cinco maiores economias da região.

A maior parte das emissões em 2022 virá de países com grau de investimento na América Latina ou de mercados que recentemente perderam esse rating, disse Grut. Investidores estão muito avessos ao risco nesta fase para comprar muitos títulos de grau especulativo, acrescentou.

“Há vários eventos políticos acontecendo em (países com) grau de investimento ou antigos mercados com grau de investimento que irão impulsionar as emissões em 2022, e muitos deles estão relacionados à expansão fiscal”, disse Grut.

O Chile deve ser o maior emissor da região no ano que vem, independentemente do resultado das eleições de 19 de dezembro, e venderá cerca de US$ 8 bilhões para ajudar a atender às suas necessidades de financiamento externo de US$ 21 bilhões em 2022, de acordo com Grut. O México também deve emitir cerca de US$ 6 bilhões em títulos, e as eleições da Colômbia em maio podem levar a mais gastos no próximo ano, enquanto o Peru continuará em um caminho expansionista, disse Grut.

Os rendimentos crescentes dos títulos do Tesouro dos EUA, bem como o financiamento extra na forma de direitos especiais de saque do Fundo Monetário Internacional, devem limitar as vendas totais de dívida na América Latina a cerca de US$ 36 bilhões em 2022 em relação a aproximadamente US$ 57 bilhões este ano, escreveu Donato Guarino, estrategista do Citigroup, em nota.

Mas pode haver um lado negativo nessas emissões. A região tem aumentado rapidamente as taxas de juros enquanto ainda se recupera da pandemia, o que significa que a grande oferta de dívida em comparação com as tendências fiscais mostra um quadro preocupante, de acordo com Marshik, da Stifel. Os governos podem ter que cortar gastos, afirmou.

ESG

O BNP Paribas, um dos maiores subscritores de títulos lastreados em padrões ambientais, sociais e de governança, ou ESG em inglês, se prepara para uma série de ofertas na região no próximo ano, de acordo com Anne van Riel, chefe de mercado de capitais de finanças sustentáveis para as Américas do BNP. O banco projeta US$ 880 bilhões em vendas globais de títulos verdes, que incluem US$ 265 bilhões de mercados emergentes em 2022.

“Vários emissores latino-americanos que estão à margem devido à volatilidade nas últimas semanas vão buscar uma boa janela” em janeiro, disse Van Riel em entrevista.

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