por Caroline Galdino (TradeNews)
Os Estados Unidos estão agora travados em uma guerra comercial com a China, com o governo de Donald Trump usando a economia americana como arma contra um país que, incidentalmente, responde por uma parte desproporcional do comércio com os EUA. Atualmente, os EUA importam da China quase três vezes mais do que exportam para lá. Esse embate tende a interromper um fluxo comercial consistente e, até então, em crescimento entre as duas nações. E qualquer um com participação na economia global vai precisar lidar com isso.
Como tudo isso começou?
Trump tem sido obcecado com o déficit comercial dos Estados Unidos com parceiros ao redor do mundo — mas especialmente com a China. Quando olhamos os números por trás do comércio entre os EUA e a China… é bastante desequilibrado.
Hoje, os EUA importam quase três vezes mais da China do que a China importa dos EUA. Em 2024, a China importou US$ 143,5 bilhões em bens dos EUA, mas os EUA importaram US$ 438,9 bilhões da China. Quando você subtrai as exportações dos EUA para a China pelas importações dos EUA vindas da China, você obtém o saldo comercial — ou, neste caso, o déficit.
Mas vamos analisar esses números mais a fundo para entender melhor o que eles representam.
Principais categorias de bens que os EUA exportam para a China (petróleo, grãos e produtos farmacêuticos)
Principais categorias de bens que os EUA importam da China (maquinário, eletrônicos, vestuário e móveis.)
Mercados em ‘Tempos Interessantes’
Depois de despencar junto com o resto do mercado, uma cesta de ações americanas com maior exposição de vendas à China teve sua segunda melhor sessão da história na quarta-feira (09). Já na quinta-feira (10), essas mesmas ações tiveram um desempenho 2% abaixo da média e caíram mais de 5% — uma sessão muito ruim. Se você não gosta do clima, é só esperar algumas horas.
Os semicondutores foram poupados disso… por enquanto. A Nvidia [NVDA; NVDC34] voltou a ser uma das maiores empresas do mercado de ações — mas a que custo? Analistas dizem que, para muitos no setor, essa “isenção” só significa que as tarifas sobre semicondutores serão tratadas de forma diferente.
Tarifas
Trump agora impôs tarifas de 145% sobre a maioria das importações chinesas. Enquanto isso, a China anunciou que aumentará suas tarifas, de 84% para 125%, sobre produtos americanos. Isso não é o tipo de retaliação mútua que costuma indicar uma desescalada, apesar da comissão de tarifas do Conselho Estatal chinês declarar que “se o governo americano continuar a aumentar as tarifas sobre a China, Pequim irá ignorar”.
Se você é CEO, boa sorte para planejar seus pedidos nos próximos 60 a 90 dias! Se você é trader, cuidado com os twitters de Trump!
Disclaimer: Este texto é uma tradução adaptada da Newsletter do Robinhood. As opiniões expressadas pelo autor não refletem as posições da Nomos.