As bolsas da Europa e os futuros de Nova York operam em alta nesta sexta-feira (17). Há expectativa pela publicação, às 7h, da leitura final do índice de preços ao consumidor (CPI) da Zona do Euro de outubro. A agenda internacional também traz como destaque dados de construções de moradias e permissões de novas obras dos Estados Unidos, às 10h30.
Durante o dia, dirigentes do Federal Reserve (Fed) participam de eventos.
Mais cedo, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursou, mas não tocou no assunto política monetária nem na inflação da região.
O ritmo da inflação no bloco é crucial para os próximos passos do BCE, o que influi também no apetite por ações.
O ING comenta que a desaceleração inflacionária, um mercado de trabalho que perde fôlego e a expectativa por receitas corporativas mais baixas devem fazer com que o crescimento dos salários tenha um pico antes de meados do próximo ano na Zona do Euro.
O banco considera que o BCE espera mais clareza sobre isso, mas para o ING o quadro pode abrir a porta para cortes nos juros antes do atualmente esperado.
No Reino Unido, as vendas no varejo recuaram 0,3% em outubro ante setembro, quando analistas ouvidos pela FactSet previam alta de 0,3%. O dado tende a reforçar apostas de trajetória menos dura pelo Banco da Inglaterra (BoE), diante da fraqueza da atividade no país, política monetária que tende a apoiar ações locais.
Já nos EUA, o presidente Joe Biden assinou ontem (16) uma lei de gastos temporária, um dia antes da potencial paralisação (“shutdown“) do governo, o que leva a briga com congressistas do Partido Republicano sobre o orçamento federal para o próximo ano, enquanto a ajuda para Ucrânia e Israel seguia paralisada.
A medida foi aprovada na Câmara dos Representantes e no Senado por ampla margem bipartidária nesta semana, permitindo que o governo opere até após a temporada de feriados, e potencialmente dando aos legisladores mais tempo para resolver suas diferenças consideráveis sobre os níveis de gastos do governo para o atual ano fiscal.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única nesta sexta-feira (17). As praças de Tóquio e Xangai ficaram na ponta positiva, com a praça chinesa puxada por ações de montadoras. Hong Kong, por outro lado, teve queda de mais de 2%.
Por aqui, a agenda tem como destaque a divulgação do IBC-Br de setembro, às 9h, e a participação de Roberto Campos Neto em evento online às 10h30. O presidente do BC deve apoiar a decisão de manter o déficit zero, anunciada pelo governo, após o Copom ter alertado para os riscos que uma mudança da meta poderia trazer para as expectativas e a trajetória de queda da Selic.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quinta-feira, em reunião no Palácio do Planalto, que trabalha para que o eventual contingenciamento de recursos para cumprir a meta de déficit zero no próximo ano seja de apenas R$ 26 bilhões, caso necessário.
O número é menor que os R$ 53 bilhões que têm sido usados como base para a discussão. O tamanho real do contingenciamento depende do sucesso das medidas de aumento de receita que tramitam no Congresso, como a proposta que muda a tributação de incentivos fiscais do ICMS concedidos por Estados a grandes empresas.
Haddad também revelou na reunião que R$ 62 bilhões entraram agora no caixa da União, fruto de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a qual terá reflexos também em 2024.
Esse incremento de arrecadação, afirmou o ministro aos presentes na conversa, também engordará as transferências do governo federal aos fundos de participação dos Estados e municípios.
Desempenho dos principais índices às 8h05:
🇺🇸 S&P Futures +0,21%
🇬🇧 FTSE +1,05%
🇩🇪 DAX +0,96%
🇺🇸 Nasdaq +0,03%
🇫🇷 CAC +1,04%
🛢 Petróleo Brent +0,93%
🛢 Petróleo WTI +1,08%
💵 Índice Dólar -0,25%
🇺🇸 S&P VIX -0,44%
💰 Bitcoin +0,36%
💲 Ethereum -0,16%